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A salvação da lavoura do maracujá

Ação da Epagri contra praga salvou arrecadação anual de R$ 50 milhões dos produtores da região Sul

Por Erik Behenck Araranguá, SC, 20/12/2018 - 07:47
Divulgação
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O maracujá é uma lavoura presente no extremo Sul catarinense. Mas, a partir de 2016, a fruta passou a ser atingida pelos Myzus Persicae e Aphis Gossypii, conhecidos popularmente como pulgões. A praga deixou um prejuízo milionário, comprometendo a safra dos anos seguintes. Daí entrou em ação a  Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), que preparou um conjunto de medidas para ajudar os agricultores.

“A partir de 2016, entrou na região, a partir do Rio Grande do Sul, Mampituba, avançando por Praia Grande, um vírus que é transmitido por um pulgão. O problema foi aumentando e muitos produtores deixaram de colher frutos, o problema só fica no fruto, mas reduz a produtividade da lavoura, já que o fruto fica endurecido e não dá mais a polpa e ele perde aquela produção”, explicou o gerente regional da Epagri em Araranguá, Reginaldo Ghellere.

É recomendado que as plantas que apresentem o problema sejam removidas da lavoura, outra dica é não plantar pepino, melancia, abóbora, melão, ervilha e tomate nas proximidades desses pomares. “A Epagri sugeriu um conjunto de medidas para nós, entre eles a muda grande, produzida em um local protegido, para não ter a entrada do pulgão e o vazio sanitário”, contou o produtor Moises de Matos Matias.

Até R$ 50 milhões garantidos

Segundo Ghellere, se as medidas não fossem tomadas hoje, a região não estaria mais produzindo maracujá. Aproximadamente 700 famílias plantam a fruta e arrecadam R$ 50 milhões por ano. Os prejuízos com os pulgões foram superiores a R$ 10 milhões. Outra medida adotada foi a antecipação da colheita. “Vai antecipar a nossa safra, além de produzir mais cedo um fruto com a qualidade superior. Se ficasse para janeiro, seria mais caro por ter mais falta”, destacou o produtor.

Tipo exportação

O maracujá produzido no Sul catarinense é destinado para o consumo interno no Brasil, ainda sem exportações. “Éramos reconhecidos como um dos melhores maracujás do país, depois da virose, perdemos espaço, principalmente lá em São Paulo, que é o maior mercado comprador. Agora voltamos a reconquistar os compradores devido a qualidade do fruto. Se no passado deixavam para colher com dois anos, hoje não é feito mais”, afirmou Ghellere.

A fruta tem qualidade e vem ganhando mercado novamente. “A nossa fruta é mais graúda. A gente consegue colher a fruta um pouco mais pronta, quando vem da Bahia está mais verde, porque eles têm que colher antes”, analisou Matias. “Nosso maracujá tem uma polpa diferenciada, muito forte, tem sido usado como mistura em outras regiões, quando sai a polpa. Ele tem muito comércio in natura, que tem um grande consumo no Brasil”, completou o gerente da Epagri.

Os produtores promoverão com a Epagri, hoje, um dia de campo a partir das 8h30min na propriedade de Moises Matias, em Balneário Gaivota.

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