A Itália vive certamente um dos piores momentos de sua história. O coronavírus já matou mais de 10 mil pessoas no país. Mas quem vive lá ressalta a solidariedade dos italianos mesmo em meio à pandemia. “Uma das coisas que estou aprendendo é a solidariedade. Eles vão ao mercado, compram o que precisa. Se tem apenas dois produtos na prateleira, eles pegam um e deixam o outro para a pessoa seguinte”, relata a criciumense Jéssica Menegalli, que está em Alexandria, comuna da região de Piemonte, a cerca de uma hora e meia de Milão. “O que está em falta são máscaras e álcool gel. O álcool precisamos comprar de forma online. Vi a solidariedade quando precisamos de máscaras e não achávamos em lugar nenhum. O dono de um estabelecimento nos deu uma das poucas que tinha”, fala.
Jéssica já está em quarentena há um certo tempo. “Completamente proibido. São 20 dias sem sair de casa. Só para ir ao mercado e à farmácia. De uma semana para cá, mesmo sendo uma região pequena, solicitam esta declaração.
Na semana passada liberaram para caminhar até a 200 metros da casa para pegar um pouco de sol”, cita.
Ela diz ainda que, no início, as pessoas não respeitavam muito a ordem de isolamento. “Ainda tinha gente que ia em bar, na praça, mas conforme os dias foram passando viram que a coisa era séria e por consciência deles que a quarentena era a melhor saída passaram a respeitar. As pessoas estão respeitando. Hoje não é tão comum ver pessoas na rua sem algum motivo”, ressalta.