Há uma semana, o Próspera tomava 3 a 0 do Marcílio Dias em Itajaí e consolidava-se na lanterna isolada do Campeonato Catarinense, com três derrotas em três jogos. Vieram as partidas contra Chapecoense e Avaí e as vitórias (2 a 0 e 1 a 0, respectivamente) deram novo ânimo ao Time da Raça. Esses 6 pontos fizeram a equipe saltar do último para o quinto lugar, colocando distância em relação à zona de rebaixamento.
Nao faz muito, o clima era outro. "Não gostei nada do que vi", dizia o diretor executivo de futebol, Nei Rama, após o 1 a 0 que o Próspera tomou na segunda rodada, quando perdeu para o Hercílio Luz em Florianópolis. "Tem muita coisa pra acertar, espero que o Emerson esteja ciente disso", avisava, na ocasião. Daí veio a derrota para o Marcílio para piorar as coisas. "Peças nós temos. O que foi pedido está aí", enfatizava o dirigente, que reclamava também da parte física: "o time teria que estar voando".
O jogo virou. A qualidade das atuações contra Chapecoense e Avaí fizeram do Próspera merecedor das vitórias. Consistente, ativo na marcação, correndo do início ao fim e com disciplina tática, o Time da Raça pressionou os adversários e ganhou com folgas, criando uma nova expectativa para o futuro da equipe no Estadual. "A gente mudou sem mudar", justificou Nei Rama após o jogo deste sábado na Ressacada, em Florianópolis.
"Na segunda, depois do descanso, aquele velho bate papo de pezinho no chão", avisou. Logo, é momento de calma.
O desafio do mando de campo
O Próspera tem uma logística diferenciada nesse Catarinense. Sem o estádio Mário Balsini, onde continua o plantio da nova grama sem data certa para a entrega, é necessário a cada jogo "em casa" buscar uma opção.
"Eu não posso me iludir com coisas que estão fora do meu alcance. Claro que atrapalha, e bastante", apontou Rama, quando indagado sobre o que vai acontecer agora. Depois de enfrentar o Hercílio Luz em Florianópolis e a Chapecoense em Tubarão, o Próspera precisará levar as partidas contra Juventus (quinta-feira, 10) e Barra (domingo, 13) para a Arena Joinville.
"A gente tinha que estar jogando na nossa casa, mas eu sei da dedicação dessa diretoria, é dia e noite trabalhando. A direção do Próspera merece o respeito, as pessoas trabalham demais", enfatizou o diretor de futebol. "Eu entendo eles na reestruturação, eu não posso reclamar, tenho que fazer de tudo para compensar isso", completou.
Tendo que mandar jogos em Joinville, o Próspera permanecerá alguns dias no Norte do Estado. Depois desses compromissos, mais problemas à vista. No dia 16, o adversário é o Joinville, partida que deveria ocorrer em Criciúma. O Mário Balsini não estará liberado até lá, nem o Heriberto Hülse. De novo, outra sede deverá ser buscada, já que o jogo não poderá ocorrer na casa do JEC.
Na sequência, no dia 19 o adversário será o Figueirense no Orlando Scarpelli e, depois, o Brusque no dia 24 no Augusto Bauer. A expectativa de jogo no Mário Balsini está colocada somente para a última rodada da primeira fase, no dia 6 de março, quando o adversário será o Concórdia. "Imagina nós jogando contra o Juventus, seriam 5 mil pessoas em casa", projetou Nei Rama, sem esconder o entusiasmo com o crescimento recente do Time da Raça no Catarinense.