[Fotos e vídeo] Chuvas atrasam semifinais do STU em Criciúma; Veja o que rolou até agora

As semifinais do circuito de skate STU National, realizado em Criciúma neste final de semana, contou com grandes atrasos por conta das chuvas no município neste sábado (19). Apesar da precipitação ter caído em baixa intensidade, a umidade da pista impede os atletas de disputarem a fase, tanto na modalidade park quanto no street.

Pensando em resolver o problema, o prefeito de Criciúma, Vaguinho Espíndola (PSD), já estuda a possibilidade da reforma na pista, localizada no Parque da Prefeitura. "Vou te antecipar aqui também, te dar um spoiler, que nós já estamos também agora elaborando. Será a primeira pista do skate coberta do Brasil e, quem sabe, até do mundo. Vamos já começar os estudos para a elaboração de fazer toda uma estrutura aqui coberta, que é nos dias como hoje, por exemplo, que é um dia de chuva", revela, ao repórter Enio Biz, do Portal 4oito.

O que rolou até agora

Park Masculino

Previsto para começar às 10h, a primeira etapa do dia era o skate park masculino. Porém, por conta da chuva, a competição só foi iniciada ao meio-dia. Após o atraso, os skatistas desceram para a "piscina vazia" para iniciarem suas apresentações, com os atletas divididos em três baterias, com quatro competidores em cada uma, e os dois primeiros de cada chave estariam classificados para a grande final, neste domingo (19).

Competição

Três dos 12 skatistas na disputa entraram no "9 Club", quando ultrapassam a casa dos 90 pontos: os catarinenses Pedro Carvalho, Nicolas Falcão e Kalani Konig (atual campeão brasileiro), que terminou com o melhor desempenho do dia (93,13).

Na primeira bateria, Gustavo Picaski foi quem teve a maior nota, recebendo um 86,93 na melhor de suas três voltas, e se classificou para a final ao lado de Ian Poletto, que obteve 83,09 de nota.

"Eu tô muito feliz, uma emoção muito grande, tô com a expectativa bem legal de amanhã rolar mais skateboard ainda, tem muita manobra ainda pra soltar, pra trocar ali. E é isso, o skateboard tá pesado, tá todo mundo andando muito", conta Picaski, ao repórter Enio Biz, do Portal 4oito. "Acho que se eu acertar a linha que tá na minha cabeça, pode acontecer coisas boas, como ou ganhar o evento, ficar no pódio. Então é isso, vamos com tudo, dar o meu melhor", acrescenta.

O segundo colocado da bateria, Ian Poletto, não foi bem na primeira volta, mas conseguiu a recuperação e está na final. "Au acabei errando na primeira volta, na metade da volta, mas na segunda eu acertei completa", lembra. "Expectativa alta pra final de amanhã, tem umas manobras ainda que eu acabei não executando ali que eu acabei errando na terceira volta", revela.

Na segunda bateria, Pedro Carvalho voou. Logo na primeira volta, a nota 90,00. "Nunca tinha entrado no '9 Club' na minha vida!", vibrou. E ele parece ter gostado de fazer parte deste seleto grupo, porque, na sua última entrada na pista, ainda aumentou a nota para 91,01. Mas ainda entraria em cena uma última bateria muito pesada.

Logo na sua primeira volta, Kalani Konig já arrancou dos juízes a nota 90,03. "Jogou pressão nos moleques e vai aumentar essa nota para 93, vocês vão ver", comentou o amigo Pedro Carvalho naquele momento. Na segunda volta, a nota deu um salto para 93,13. Os tais "moleques" na mesma bateria eram André Mariano (21 anos), que chegou aos 88,63, Miguel Leal, de apenas 15 anos, que atingiu os 88,86, e Nicolas Falcão, de 16 anos, o melhor das eliminatórias na véspera, que tirou a nota 91,00.

"Nem tenho o que falar dessa semifinal. Foi demais! O Pedro é praticamente um irmão que tenho em Floripa. E o Nicolas já conheço há muito tempo, treinamos juntos muitas vezes, e ele ainda fará a primeira final dele no STU. E junto comigo. Ele é monstro, anda muito! Quanto à minha nota, eu nunca tinha acertado um Flip Disaster numa volta. Dessa vez a manobra entrou. Amanhã vem mais por aí, com certeza. Vamos com tudo", disse Kalani.

"Realmente, foi uma bateria de alto nível, e tenho certeza de que a final será dessa maneira também. Todos quebraram na pista. Se repetirmos o que fizemos hoje, a galera aqui de Criciúma vai ver um novo show de skate. É muito legal disputar minha primeira etapa de STU National e já chegar à final. Vou brigar agora por esse pódio", vibrou Nicolas, que é de Balneário Camboriú e garantiu sua vaga na primeira etapa do STU National por ter sido campeão brasileiro amador no ano passado.

Classificados

Bateria 1:

Gustavo Picaski 86,93
Ian Poletto 83,09
Murilo Peres 81,16
Dan Sabino 79,29

Bateria 2

Pedro Carvalho 91,01
Rafael Tomé 89,96
Pedro Vita 77,33
Diego Takahashi 74,70

Bateria 3

Kalani Konig 93,13
Nicolas Falcão 91,00
Miguel Leal 88,86
André Mariano 88,63

Colaboração: Erich Onida/Assessoria de imprensa do STU 2025

Street Feminino

Não tem muitos anos que Maria Almeida mal andava de skate e já via nomes como Rayssa Leal, Pamela Rosa e Gabi Mazetto brilharem pelo Brasil e pelo mundo, até mesmo representando o país nos Jogos Olímpicos. Hoje em dia, já divide as pistas de Street com as mesmas e consegue ter brilho próprio. Como neste sábado (19/04), no Parque da Prefeitura, em Criciúma (SC), quando a fã superou um desses espelhos pelo STU National e avançou com moral para a final.

Maria Almeida admitiu que sua inspiração na semifinal foi justamente uma skatista que andava na sua bateria. Quando viu Gabi Mazetto já acertar sua primeira volta, depois de tudo que enfrentou recentemente após uma cirurgia no cotovelo, percebeu que também precisava se superar. Fã daquela que hoje é uma grande amiga, Maria disse não ter acreditado no que acabara de ver ali na pista. E que aquilo a motivou a querer mostrar o seu melhor também.

"Quando a Gabi acertou a primeira volta e já fez uma nota 82,00, me deu uma motivação enorme, foi uma inspiração. Antes de começar a andar de skate, era muito fã dela. Então, ver ela voltando de uma lesão e acertar uma linha bizarra, falei que tinha que ir nessa onda. Errei minhas Bomb Tricks nas duas primeiras voltas, a Gabi ainda aumentou a nota dela, quase perfeita, e fui lá e acertei na última. Feliz demais por ter chegado à final com ela", contou.

Baiana de Salvador, Maria persegue seu segundo título de STU. O primeiro ela conquistou "na sua casa", em Porto Seguro (BA), no ano passado. Nitidamente em ascensão, cada vez mais com o skate no pé, ela diz que tem trabalhado sua ansiedade. Como mostrou ao entrar na pista pela última vez e cravar sua linha, com manobras precisas, inclusive a Bomb Trick, arrancando dos juízes a maior nota do dia: 86,68. Vem mais na final deste domingo?

"O que tenho mais trabalhado desde que comecei a competir é meu nervosismo e minha concentração durante a competição. Eu era muito distraída, ficava muito nervosa, e, graças a Deus, estou conseguindo melhorar isso. Toda vez que entro na pista, respiro bem fundo e vou. Estou bem mais tranquila. Amanhã terá muito mais skate na final. As meninas estão crescendo muito e vai ser lindo de ver. Só esperamos que amanhã não chova", disse Maria.

Colaboração: Erich Onida/Assessoria de imprensa do STU 2025

Classificadas

Bateria 1

Duda Ribeiro 84,19
Isabelly Avila 79,86
Karol Lima 43,95

Bateria 2

Karla Carolina 82,54
Pâmela Rosa 78,66
Maria Lúcia 77,53
Ariadne Souza 52,65

Bateria 3

Maria Almeida 86,68
Gabi Mazetto 83,53
Rafaela Murbach 64,91
Débora Badel 16,35

Park Feminino

Por volta das 16h, a penúltima etapa do dia, inicialmente agendada para às 13h30, foi iniciada. Porém, o tempo de Criciúma permitiu apenas a realização da primeira bateria de atletas. Nas apresentações, a catarinense Isadora Pacheco e Helena Laurino, de apenas 12 anos de idade, se classificaram para a final, com as notas de 79.06 e 72.02, respectivamente. Enquanto isso, Victoria Bassi e Letícia Gonçalves foram eliminadas, com 64.00 e 53.11.

Porém, durante a realização da segunda bateria, com as atletas Flavia Haraguchi, Lua Vicente, Yndi Asp e Fernanda Tonissi, a chuva voltou, e a prova precisou ser parada no meio. Até o momento, não há definição de quando o evento terá andamento.

Veja o vídeo da apresentação de Flavia Haraguchi: