A pandemia de Covid-19 vem se estendendo por mais tempo do que se imaginava no Brasil. Atualmente, com um pico de contágio e internações atingindo todos os estados brasileiros, começa-se a considerar novamente a possibilidade de uma paralisação total das atividades e como essa ação impactaria os segmentos econômicos - assunto que vem sendo debatido por gestores e autoridades de todo o Brasil.
O deputado federal Jorge Goetten (PL) destacou a dificuldade que os gestores têm de levar um assunto como “lockdown” adiante, visto as pressões que ocorrem de todos os lados. Do empresário preocupado com o seu negócio ao médico preocupado com os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), medidas de paralisação seguem sendo polêmicas.
“Teremos muitas dificuldades. Essa discussão de salvar vidas e praticar o isolamento, aí vem o lockdown e o desemprego e os governantes não conseguem tomar uma decisão soberana quanto a isso. Isso porque tem a pressão, que é legítima dos donos de restaurantes. Tenho três restaurantes fechados nos fim de semanas, acho que deve vir essa medida? Do meu ponto de vista, como cidadão, acho que já estamos atrasados nesse lockdown”, afirmou o deputado.
Goetten ressalta que entende todas as dificuldades de se abordar um lockdown, sobretudo o impacto que isso teria para uma economia. Da mesma forma, aponta para as ações do Governo Federal referentes aos programas de crédito e auxílio emergencial, os quais deverão ser retomados em breve, como necessários mas extremamente complicados de serem prosseguidos.
“Dinheiro não dá em pé de árvore, o Governo Federal também tem limites. As ações que o Governo Federal e o Congresso têm tomado são no sentido de diminuirmos o sofrimento do trabalhador e empresários, mas todo mundo está pagando essa conta. Uns mais e outros menos”, declarou.
No entendimento do deputado, apesar das dificuldades, é preciso dar um respiro aos hospitais. Goetten afirma que o lockdown deveria ser feito de maneira geral, em todo o país, por alguns dias.
“É difícil falar, mas com toda a responsabilidade acho que temos que tomar as medidas agora, e espero que sejam tomadas. Bom seria uma medida a nível nacional de fechamento por uns 15 dias, para dar folga a saúde e hospitais. Um lockdown completo de 15 dias para, depois, voltarmos à normalidade, com esses cuidados todos e com a vacinação”, pontuou.