O Sindicato da Habitação do Sul de Santa Catarina (Secovi Sul/SC) informa que está valendo, desde 1º de maio, o acordo coletivo do setor imobiliário, composto por administradoras de condomínios, empresas imobiliárias, loteadoras, shopping centers, entre outros negócios ligados à área habitacional. Tendo em vista a pandemia e a consequente situação econômica, não há grandes mudanças em relação ao acordo anterior.
De acordo com o presidente do Secovi Sul/SC, Helmeson Machado, ocorreram duas rodadas de reuniões, sendo a primeira com representantes de administradoras de condomínios e de dois shopping centers, enquanto a outra foi com o sindicato dos trabalhadores.
“Buscamos ouvir dos representados a atual situação e constatamos que o momento é pior do que imaginávamos, isso porque as empresas estão com o faturamento bastante comprometido. A situação dos shoppings é ainda mais delicada porque a folha de pagamento é alta, a despesa é recorrente e eles foram muito prejudicados pelos decretos, com fechamentos de lojas ou planos de expansão estagnados”, salienta Machado.
Com base no que foi discutido, principalmente a instabilidade da situação econômica que o país atravessa, chegou-se à conclusão de que a melhor opção para o momento seria não onerar as folhas de pagamento, ou seja, não torná-las ainda mais caras com um possível aumento aos trabalhadores.
“Com isso, tentamos, também, evitar demissões, até para não aumentar o número de desempregados no país. Porque é isso que acontece quando o faturamento está muito aquém da normalidade, as empresas começam a cortar gastos e um deles está na folha de pagamento”, destaca o presidente.
Saúde dos trabalhadores
Ao mesmo tempo, foi levada em consideração, também por conta das cautelas que a pandemia exige, a situação de saúde dos funcionários. Portanto, não há aumento no salário-base da categoria, mas foi possível elevar o valor do custo do convênio-saúde que o Secovi disponibiliza aos trabalhadores do setor.
O presidente do Sindicato reitera, ainda, que ficou ressalvado dentro do acordo coletivo que as empresas com melhores condições financeiras podem repassar algum tipo de reajuste aos seus funcionários, o que será muito bem-vindo, pois ajuda o trabalhador e é injetado na economia.
“Sinceramente, não gostaríamos que fosse dessa forma, seria melhor discutir percentual e índice, não basicamente zerar índice, também gostaríamos que as empresas estivessem funcionando a pleno vapor e que a nossa economia estivesse dando resultados, mas, infelizmente, o momento não permite. Então, dentro da atual realidade, o acordo foi positivo, tanto para as empresas, que não vão precisar onerar suas folhas de pagamento, como para o Sindicato, que vai manter todos os postos de trabalho ativos”, finaliza Machado.