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Adolescente de Nova Veneza foi esquartejado por vingança

Dois ex-amigos da vítima e o padrasto de um deles foram apontados como autores

Por Francine Ferreira Nova Veneza - SC, 09/03/2019 - 08:32

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Poucos dias depois que o corpo do adolescente Carlos Alberto Padilha Santos, de 16 anos, foi encontrado enterrado, decapitado e esquartejado, às margens de um rio no Bairro Bortolotto, em Nova Veneza, a Polícia Civil conseguiu desvendar o crime e identificar os autores. Conforme determinado pela investigação, o homicídio foi motivado por vingança e teve a participação de outros dois menores, também de 16 anos e ex-amigos da vítima, e do padrasto de um deles, que auxiliou na ocultação do cadáver.

De acordo com o delegado Ari José Soto Riva, da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Criciúma, os três menores encontraram-se em Nova Veneza no dia 26 de fevereiro. “Sendo que um dos infratores já tinha a intenção de matar, a fim de se vingar pelo fato da vítima tê-lo delatado à polícia como autor de crimes de furto e tráfico de drogas”, completa.

“Demonstrando-se amigos da vítima, a atraíram para um matagal, ao lado de um rio, local onde ofereceram maconha e cigarro, dizendo que iriam combinar de praticarem furto juntos. Em determinado momento, de surpresa, sem oferecer qualquer chance de defesa à vítima, os adolescentes infratores pegaram pedaços de madeira que estavam no chão e desferiram vários golpes na altura da cabeça da vítima, fazendo com que ela caísse e ficasse desacordada, sangrando, agonizando”, conta a autoridade policial.

Segundo o delegado, os autores saíram do local e, aproximadamente duas horas depois, retornaram e desferiram outros vários golpes de faca, perfurando o tórax da vítima e causando sua morte. Em seguida, teriam colocado o corpo ao lado do rio e o coberto com folhas. 

“No dia seguinte, retornaram ao local do crime e, de posse de uma faca, cortaram os braços e o pescoço da vítima, separando tanto esses membros, quanto a cabeça do troco, a fim de que fosse facilitado o transporte para esconder o corpo. Depois, caminharam a uma distância de 500 metros e, ainda nas margens do rio, em um barranco, cavaram um buraco com tamanho insuficiente para enterrar a vítima”, explica Riva.

Como não teriam conseguido esconder o corpo, conforme a autoridade policial, ambos retornaram para casa e pediram ajuda ao padrasto de um deles, para que fosse aberto um espaço maior.  

Três qualificadoras

Com a conclusão do inquérito, a Polícia Civil elencou três qualificadoras para o crime de homicídio cometido. Meio cruel, porque a vítima foi submetida a intenso sofrimento antes da morte; dissimulação, já que foi atraída para o local dos fatos pelos adolescentes que se diziam amigos; e recurso que tornou impossível a defesa do ofendido, uma vez que o menor foi pego de surpresa, desarmado.

Sem arrependimentos

Durante interrogatório, segundo Riva, os autores do crime não alegaram qualquer arrependimento e demonstraram ser capazes de agir da mesma forma novamente. “Um dos adolescentes infratores possui várias passagens pela polícia, apontado como autor de delitos de estupro, tráfico, tentativa de homicídio, dano, furto, ameaça, porte e disparo de arma de fogo, já tendo sido internado em outra oportunidade; o outro possui passagens por ameaça e posse de drogas”, acrescenta.

A Polícia Civil representou ao Poder Judiciário pela internação dos adolescentes. Já o padrasto, que auxiliou na abertura da cova, deverá responder por ocultação de cadáver, com pena de um a três anos de reclusão.

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