O Caso da Recuperação Judicial da Criciúma Construções ainda causa grande repercussão na região, principalmente após a decisão da justiça, na semana passada, de dar direto a Rogério Cizeski retornar a empresa para auxiliar o gestor judicial na condução das atividades. O caso ainda gera dúvidas, sobretudo aos credores.
“Como dito aquele dia, lendo a decisão, o magistrado foi bem claro. Ele (Rogério) fara a função de consultor, a exclusivo critério do gestor judicial, Zanoni Elias”, explicou Agenor Daufenbach, administrador judicial da Criciúma Construções.
Sobre diferença entre falência e recuperação judicial, Daufenbach disse que, no caso da recuperação, é possível que a empresa possa dar novos prazos seus compromissos e buscar descontos das dívidas, porém o dono se mantem a frente do negócio e a empresa tenta se reerguer. Já a falência é quando a atividade operacional alcança o colapso.
“Sendo objetivo, na recuperação judicial a empresa prevê a situação de dissolvência ou algum problema financeiro e se socorre do judiciário para que ela não seja executada e tenha os bens tirados pelos credores e possa se reorganizar. Enquanto a falência pressupõe o colapso financeiro ou uma situação de insolvência, o que faz com que o estado avance sobre seus bens, os torne dinheiro e pague seus credores”, detalhou.
Ainda que muitos credores se uniram e concluíram obras, existem ainda alguns casos em que as obras ainda nem saíram do papel. Daufenbach explicou que, em Assembleia Geral de Credores e no plano de recuperação, está previsto como seriam pagos os credores.
“A passagem desses empreendimentos aos compradores e aqueles empreendimentos que não se resolveram, estão todos delineados no plano de recuperação. Então, na decisão o magistrado foi claro. O plano vem sendo seguido à risca e não é o retorno do Rogério que vai mudar isso”, esclareceu.