Em agosto passaram a vigorar alíquotas mais altas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em Santa Catarina e esse aumento já apresenta efeitos no cenário econômico do Estado. O setor de água mineral foi um dos que mais sofreu impacto a partir dessa medida, já que a tributação para os clientes deste segmento teve aumento de 142%, subindo de 7% para 17%.
Segundo o presidente da Associação Catarinense das Indústrias de Água Mineral (ACINAM), Tarciano Oliveira, as consequências são significativas. “Os associados tiveram resultado negativo em volume de vendas, com queda de aproximadamente 10% em produtos com embalagens retornáveis, como vasilhames de 10 e 20 litros, e de 21% nas mercadorias com embalagens descartáveis, tendo na embalagem de 500ml a maior baixa”. Os dados foram comparados a agosto de 2018, sem considerar o período de estiagem. Ou seja, o resultado deveria ser positivo ao invés de apresentar queda nas vendas.
A medida adotada pelo governo de Santa Catarina reflete principalmente em produtos mais caros para população. “Há também sérios riscos de desemprego, já que as indústrias de água mineral não terão condições de arcar com esses custos e manter a mesma estrutura de hoje”, destaca Tarciano.