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Apesar de todo o esforço da comunidade científica nacional e internacional para a busca de um tratamento ou vacina para o novo coronavírus, ainda não há nenhum estudo definitivo que apresenta uma nova conduta da doença. No momento, mais de mil estudos referentes ao Covid-19 estão em andamento no mundo inteiro - e somente um destes passou pela primeira etapa de segurança.
“Existem pelo menos 60 estudos com vacina e um deles, que está sendo conduzido no Reino Unido, já passou da primeira etapa de aprovação de segurança. Existem outros testes americanos em que também já estão recrutados pacientes, mas ainda na fase primária”, destacou o coordenador da UTI do hospital São José, Felipe Dal Pizzol.
As expectativas mais otimistas em relação a uma vacina para o Covid-19 apontam para o desenvolvimento em cerca de seis meses. As mais pessimistas, no entanto, são de um ano.
Apesar disso, Felipe afirma que a rapidez de disponibilização dessa vacina à população será maior do que as demais, devido à quantidade de estudos e investimentos realizados.
Hidroxicloroquina
A eficiência da hidroxicloroquina segue sendo estudada em três diferentes grupos: os pacientes mais estáveis, os que estão em estado mais grave em UTI e outros com quadros mais graves ainda. Alguns estudos apontam que doses altas de cloroquina podem ser tóxicas ao invés de benéficas, mas ainda há a esperança de que o medicamento seja eficaz em pelo menos alguns quadros específicos.
“Parece que tem um subgrupo de pacientes que podem se recuperar. Em pacientes menos graves, possivelmente existiria um efeito mais benéfico do que em pacientes graves. Não é tanto pela presença do vírus, mas muito mais pela questão inflamatória do medicamento”, afirmou o doutor.
A situação de Santa Catarina
Uma matéria realizada pela Folha de São Paulo com técnicos do Ministério da Saúde indica que Santa Catarina pode ser o próximo foco de caos do novo coronavírus, por conta do aumento de casos confirmados em pouco mais de uma semana. Felipe destaca que a situação pode sim piorar tanto no estado catarinense quanto em São Paulo, Rio de Janeiro e nos demais estados, mas que SC ainda está em uma situação “relativamente confortável”.
“A região sul toda ainda está, num ponto de vista epidemiológico, poupada pelo número de casos e óbitos por habitantes. Pelo caos na rede de saúde e a ocupação de leitos reservados, nosso estado é relativamente tranquilo. Em 30 de março existiam cerca de 700 exames esperando por liberação no Lacen, hoje só esperam 72. É preocupante o aumento de casos e reforça a necessidade de que a população mantenha as medidas de isolamento, mas ainda acho que é precoce dizer que seremos o próximo Amazonas”, pontuou.
