Contrariando o atual período turbulento no preço do câmbio, o setor de viagens de Criciúma não registra baixas ou cancelamentos nas vendas de pacotes internacionais. O dólar fechou a tarde de ontem custando R$ 4,14, tendo atingido a máxima de R$ 4,21 pela manhã. Outras moedas emergentes, como o peso argentino e a lira turca, também passam por instabilidade devido a crises internas.
De acordo com Henrique Wessler, administrador de uma agência de viagens de Criciúma, é comum que períodos de indefinição assustem quem deseja viajar, mas os valores não sofrem alterações pesadas com a alta no valor da moeda norte-americana, por isso não foram registrados cancelamentos ou alterações de datas.
“Pacotes que custam R$ 4 mil com o dólar a R$ 4 sofrem um aumento de R$ 210 com a máxima do dólar alcançada ontem. Uma opção para suavizar essa alteração de valores é o pagamento em parcelas”, exemplificou o profissional.
O real problema fica por conta da compra de dólares, fator que pode realmente pesar no bolso. “A dica é realizar o câmbio aos poucos, mensalmente, acumulando até a data da viagem. Deixar para comprar na última hora pode ser um problema, já que o futuro para essa moeda é de provável alta”, sugeriu Wessler.
Volatilidade política e econômica
O atual período de alta ocorre principalmente pela falta de clareza política brasileira, mas também sofre influência da elevação na taxa de juros aplicados pelos Estados Unidos a outros países. “A prosperidade economica norte-americana faz com que o mercado mundial não saiba se estes juros aplicados pelo país serão prolongados ou terminarão em breve”, explicou o agente de investimentos, Lucas Rocco.