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Alta do dólar aumenta lucros de suas empresas, mas Ricardo Faria não comemora

Empresário prevê Brasil com juros altos, Real desvalorizado e fiscal pouco confiável em 2025

Por Arthur Lessa Criciúma, SC, 23/12/2024 - 17:23 Atualizado em 23/12/2024 - 17:36
(Foto: Eduardo Tartarotti / 4oito)
(Foto: Eduardo Tartarotti / 4oito)

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Recém chegado à região para passar os próximos dias curtindo férias no Balneário Rincão, o empresário Ricardo Faria, referência do agronegócio brasileiro com operações nos ramos de grãos e ovos, esteve no Programa Adelor Lessa desta segunda-feira, 23, para apresentar um balanço do ano e suas perspectivas para a economia em 2025.

A alta do dólar, para o mal e para o bem

Fechando o ano com aumento de cerca de 27%, de R$ 4,85 em 1º de janeiro aos R$ 6,18 da tarde desta segunda, 23, o dólar é um dos principais vilões da economia brasileira em 2024. Mas, como tudo tem dois lados, é citado por Faria como um destaque positivo em seus negócios neste ano. Juntos às chuvas constantes, as receitas 100% dolarizadas impulsionaram sensivelmente os resultados positivos nas operações de grãos. "Quando tu tem uma empresa como a Insolo, que tem 100% das receitas e só 50% das depesas em dólar, a arbitragem é muito positiva", explica Faria.

A alta da moeda norteamericana teve impacto positivo também na produção de ovos, que contou com mais de 40% das receitas em Euro e Dólar, consideradas  "moedas fortes".

A (ir)responsabilidade fiscal

Sobre os fatores que tem afetado negativamente o cenário econômico brasileiro, com impactos sensíveis como a previsão de 15% para a taxa básica de juros em 2025, Ricardo Faria destaca a baixa qualidade da gestão fiscal do Governo Federal, seja no aumentos dos gastos de baixo retorno de produtividade, seja nos modelos de arrecadação, com destaque para a anunciada isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês.
  
"[Com essa proposta] só 5 milhões de pessoas vão pagar imposto de renda. [...] Já temos um sistema hoje em que apenas 42 milhões de pessoas pagam impostos. [Os outros] são menores, desempregados, aposentados ou funcionários públicos", analisa o empresário, ao ressaltar que, assim como no caso de um consumidor corriqueiramente endividado, o deficit fiscal coloca o Brasil em uma posição de risco de crédito, que tem como efeito a incidência de juros altos na contratação de financiamentos no mercado.

De CEO para Presidente de Conselho

Ainda citado corriqueiramente como CEO da Insolo e Granja Faria, Ricardo aproveitou a oportunidade para revelar que prometeu a si mesmo não desempenhar a função de executivo em seus negócios e esclarecer que sua atuação é nas presidências dos conselhos das companhias, seguindo a transição já realizada por outros gestores como Guilherme Benchimol (XP Inc) e Jeff Bezos (Amazon). "Eu acho que posso contribuir, de fato, muito mais [...] polinizando com ideias e provocando com inconformismos o nosso time que, em si, fazendo", explica Faria.

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