A escalada na cotação do dólar - que ultrapassou os R$ 4,00 ao longo da última semana - já deve começar a influenciar a rentabilidade do varejo catarinense. Uma vez que a origem de boa parte da matéria prima é internacional, a mudança cambial desfavorece as empresas do comércio, que observa a situação atentamente.
Para Ivan Tauffer, presidente da Federação das CDLs de SC (FCDL/SC), o câmbio desfavorável para a moeda brasileira pode impactar em diversos setores. "Nossos associados, sobretudo os de médio e grande porte, já começam a sentir as consequências, visto que aproximadamente 60% do mix de seus produtos é importado, incluindo segmentos de vestuário, peças, bebidas e eletroeletrônicos", aponta o dirigente.
Tauffer ainda lembra que "além do produto em si, o frete do transporte marítimo também é cotado em dólar, e, portanto, mais um efeito. Em alguns casos, o empresário está migrando para uma opção nacional, amenizando o problema, mas nem tudo pode ser resolvido, para que não haja prejuízo na oferta dos itens e do preço ao consumidor", destaca o presidente, lembrando da principal alternativa adotada.