O alto número de feriados prolongados - aqueles que caem em uma segunda, terça, quinta ou sexta-feira e podem emendar com o fim de semana - já desperta a curiosidade dos turistas, que podem começar a planejar os seus destinos. Por um lado, o comércio local de cidades como Criciúma, menos turísticas e de maior população, pode lamentar a perda de dias úteis - serão dois a menos em 2020, mesmo em ano bissexto. De outro, as atividades relativas ao turismo esperam um incremento de 8 a 14% nas rendas, segundo levantamento da Abav.
É o caso de cidades da Região Carbonífera que usam o turismo para atrair visitantes. O presidente da Ordem dos Economistas de Santa Catarina, Richard Guinzani, corrobora com a expectativa e acredita que Nova Veneza e Rincão, por exemplo, podem sentir esse acréscimo.
“A tendência é as pessoas visitarem e conhecer, quem não viajar longe, a tendência é de contribuir com a renda das cidades da região. Acredito que a tendência é de que esse recurso que não será usado no comércio vá para o turismo”, aponta Richard.
Comerciantes tendem a acreditar na perda de receitas e isso, segundo Richard, pode ser sentido em alguns municípios. É o caso do comércio de Criciúma, uma cidade que "exporta" pessoas nos feriadões. "A tendência é incrementar o turismo no entorno, Criciúma acaba encaminhando pessoas a outros lugares. Rincão no início do ano, turismo gastronômico em Nova Veneza, por exemplo", destaca Richard.
Em relação às perdas no comércio em que o turismo não é atração, não há previsão de porcentagem. Em algumas regiões poderá ser sentida, em outras não. Neste ano, serão onze feriados estendidos em Criciúma, sendo dois municipais e nove federais. O primeiro já será na próxima segunda-feira, dia 6, data de celebração do aniversário da cidade.