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A pandemia que afeta diversos setores, atinge também as locações de imóveis, principalmente aqueles espaços comerciais.
O presidente do Sindicato da Habitação do Sul de Santa Catarina (Secovi), Emerson Machado, fala que a queda varia de 5% a 10% nas locações. “O primeiro semestre de 2021 foi o pior momento para o aluguel de salas comerciais e esperamos uma melhora somente a partir de 2022. A hora é de abaixar o valor do aluguel para ocupar o imóvel. Em determinado momento alinhamos o valor, a lei permite isso. O importante é criar giro neste momento”, salienta.
Machado ressalta ainda que com o atual momento, o inquilino tem um poder de barganha maior. “A pandemia afetou o mercado como um todo e o imobiliário não ficou fora disso. O problema são os valores dos insumos que interferem nos valores dos imóveis. Queremos ter o melhor preço e com um número cada vez maior de pessoas para comprar.
Outro fator apontado é a elevação do Índice Geral de Preços do Mercado, mais conhecido como IGPM, por exemplo, que funciona, basicamente, como um indicador das oscilações de preços no mercado. Ele está bastante atrelado à inflação dos alimentos, que subiram de forma exponencial durante a pandemia, ou seja, o IGPM também está em alta.
O IGPM é o índice oficial de correção dos aluguéis, sejam residenciais ou comerciais, por isso não é bom que ele esteja tão alto, pois pode afetar quem reside ou trabalha em imóvel alugado. “É um momento que exige bastante tato das empresas que trabalham com administração de imóveis, nas negociações, tentando colocar bom senso, principalmente, na cabeça dos proprietários para que não apliquem esse valor total de reajuste, até sob pena de perder os inquilinos. Por enquanto, estamos conseguindo um bom resultado, as administradoras estão conduzindo bem essas negociações e estão obtendo bons resultados, fazendo as locações permanecerem ativas”, conclui Machado.
