O IPCA (Índice Nacional de Preço ao Consumidor Amplo) é calculado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e tem por finalidade medir a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo, referentes ao consumo pessoal das famílias. O IPCA de agosto fechou em 0,23, traçando a média da inflação no período. Porém, muitos consumidores reclamam da alta do preços nos supermercados.
"Temos produtos realmente dobrando o valor. Por isso muita gente acha que o 0,23 não corresponde a inflação. Mas é importante ressaltar que o IPCA é medido a partir de vários itens. Sendo assim os que não aumentam acabam compensando a majoração dos alimentos por exemplo", afirmou o economista Ismael Cittadin em entrevista ao programa 60 Minutos dessa terça-feira, 1, na Rádio Som Maior. Compõem o cálculo do índice, desde alimentos como macarão, leite, frutas, gastos com transporte, até consertos de bicicleta e venda de livros didáticos.
Outra dor de cabeça para o consumidor é o IGP-M (Índice Geral de Preços Mercado), principalmente para quem precisa pagar aluguel. Esse índice é cálculado pela Fundação Getúlio Vargas e tem forte influência do dólar e por isso sofre constantes altas. A medição do índice de agosto de 2020, apontou uma alta 2,74%. Com esse resultado, o acumulado do ano passa a ser de 9,64%, enquanto o dos últimos 12 meses fica em 13,02%. Traduzindo para o popular é o mesmo que dizer que o valor do aluguel aumentou mais de 13% nos últimos 12 meses. "A construção civil usa esse índice. Por esse motivo, mesmo não sendo lei, os aluguéis são baseados no IGP-M. Em suma, tanto IPCA quanto IGPM medem inflação, mas cada um em setores diferentes", adiantou Ismael Cittadin.