DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
Um projeto desenvolvido em parceria da Prefeitura de Criciúma com o Sesi pode beneficiar as pessoas com deficiência visual da região. É que os alunos da Escola Municipal Jorge Da Cunha Carneiro criaram uma bengala e um boné com sensores eletrônicos para ajudar na locomoção daqueles que não enxergam. Os objetos são resultado das aulas do Clube de Robótica, que são mediadas na rede pública de ensino por um professor do SESI de Criciúma.
A bengala e o boné eletrônico para deficientes visuais são equipados com sensores similares a aqueles usados nos carros para estacionar. Segundo o professor responsável pelo projeto, Filipe Da Cas, o sistema calcula a proximidade com obstáculos como paredes, postes e pessoas, e, após detectar o obstáculo, emite um som de alerta. “O sinal fica mais forte quando o risco é maior. O objetivo é garantir mobilidade com segurança para que os deficientes visuais tenham mais autonomia”, destacou.
O projeto está alinhado com O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU de número 3, que defende a Saúde e o Bem-Estar para todos. “A ideia é proporcionar aos alunos do Clube de Robótica, através da aplicação de suas capacidades técnicas, vivenciarem o mundo dos deficientes visuais e desenvolverem empatia para ajudar estas pessoas com o uso do equipamento eletrônico”, reforçou o professor.
A bengala eletrônica já existe atualmente no mercado, mas o boné foi uma ideia dos próprios alunos para evitar que as pessoas com cegueira colidam com obstáculos na altura do rosto, como lixeiras e placas de trânsito. O sensor do boné apita cada vez que identifica um obstáculo a uma distância de 50 centímetros do usuário. Além disso, o produto une tecnologia e sustentabilidade. Todo o sistema é alimentado por uma bateria portátil, que pode ser carregada por energia solar.
Alunos mais preparados para o futuro
Os alunos estão no 5º ano do ensino fundamental e foram responsáveis por montar todo o circuito, desde o início até a finalização. Eles se encarregaram também de adaptar os materiais. A bengala, por exemplo, foi feita com um cabo de vassoura. Para a estudante de 11 anos, Mariah Maximiano, foi uma forma de adquirir novos conhecimentos que, normalmente, não são vistos no dia a dia.
“Está sendo muito legal a experiência de conhecer coisas novas e saber como funciona a tecnologia. O melhor é que fazemos tudo em equipe e nos ajudamos sempre”, enalteceu Mariah, que também se sente mais preparada para ajudar as pessoas com deficiências. “Aprendemos que é muito importante se colocar no lugar do próximo”, completou.
De acordo com a supervisora educacional do Sesi Criciúma, Gabrieli Borges Ugioni Felipe, desenvolver competências técnicas juntos às habilidades socioemocionais é fundamental para os alunos. "É muito gratificante vermos desenvolvimentos de projetos sociais acontecendo nas turmas de robótica. Temos 55 turmas em andamento e em todas as turmas temos projetos incríveis sendo desenvolvidos", finalizou.
