As unidades da Rede Municipal de Ensino de Criciúma retomam as suas atividades letivas hoje. São aproximadamente 20 mil alunos que voltam à rotina das aulas, mas para 200 deles uma mudança de última hora terá que ser feita.
São as crianças matriculadas na Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Amaro João Batista, do Bairro Nova Esperança. No fim de semana, parte do teto da unidade caiu e, a princípio, a Secretaria Municipal de Educação informou que o reparo seria realizado ontem mesmo e a situação já estaria normalizada hoje.
Porém, após uma vistoria, a Defesa Civil decidiu recomendar mais cautela com a estrutura. “Não foi uma interdição, foi uma medida adotada por prevenção. A Defesa Civil nos pediu para não colocar os alunos ali e nós vamos realocá-los para outra ala da escola, onde funciona a sala de artes”, explica a secretária de Educação, Roseli de Lucca.
A Amaro João Batista é a única escola municipal de Criciúma ainda construída em madeira, mas o projeto para um novo prédio já está pronto. Por esse motivo, a Prefeitura não irá refazer todo o teto que cedeu. “Não podemos investir muito, porque já vamos construir outra unidade, então vamos fazer um paliativo naquela sala para que possamos ter aulas até a inauguração da nova escola”, explica Roseli.
Licitação em março
Na sessão de ontem da Câmara Municipal, o vereador Paulo Ferrarezi trouxe o assunto à tona e declarou que é urgente que se construa uma nova estrutura para a escola. Segundo a secretária, o projeto já está em fase de finalização e a previsão é de que a licitação para escolher a empresa que construirá o prédio seja lançada em março.
“Assim que terminar o projeto, vamos licitar e depois é aquela questão de assinar o contrato e já começar a construir. Imaginamos que a obra inicie por volta do mês de junho”, projeta a secretária.
A nova escola será construída ao lado da atual, no mesmo terreno, e o projeto, explica Roseli, demorou para ser aprovado por conta de uma peculiaridade da localização da área. “Aquele terreno é comprido e atrás dele passa o rio, por isso tivemos dificuldade de aprovar o projeto”, comenta.
“A comunidade não aceitou que a escola fosse construída em outro local, eles exigiram que ela permanecesse ali, então foi feito um novo projeto. Nós vamos construir, então, uma escola de dois pisos, o que possibilitará um recuo maior em relação ao rio”, afirma Roseli.