O Conselho Deliberativo do Criciúma Esporte Clube apresentou na noite desta terça-feira (11) o projeto de reformas para ampliação do estádio Heriberto Hülse. O Plano Diretor foi realizado por três escritórios de arquitetura e é dividido em três etapas. Lembrando que em setembro de 2023, a comissão de patrimônio levantou que o custo de um novo estádio ficaria em R$ 500 milhões.
Em entrevista ao Som Maior Esportes, o arquiteto Jeferson Aléssio explicou que o Criciúma não precisaria jogar em outro lugar. “Se instituiu que o campo não seria mexido, poderia ser feito o subsolo, mas não era a prerrogativa, então essa parte da garagem a gente fez um edifício, então a primeira, segunda, terceira, ou até uma quarta e quinta etapa, o que vai definir é o dinheiro, não tendo dinheiro tu não faz”, explicou.
A primeira etapa teria a setorização da arquibancada com cinco setores: Os Tigres, sociais, Guerrilha Jovem, Imprensa e visitantes. “Quando começar a execução, não vai ter mais o circular das torcidas, então cada setor vai ser melhorado, terá o seu espaço, banheiro, bares e entradas individuais. O Corpo de Bombeiros já pediu isso e a Polícia Militar (PM) por conta da segurança”, comentou o arquiteto.
O projeto inicial também prevê o fechamento do fosso, com ampliação de arquibancada, gerando aumento em 2.400 pessoas na capacidade do estádio. Novos vestiários, sala mista, um espaço boulevard com área gastronômica e uma reforma da fachada também estão nos planos da primeira etapa. Conforme Aléssio, só essa primeira etapa o custo seria algo próximo de R$ 15 milhões.
Na segunda fase, o setor da Os Tigres e os camarotes seriam ampliados. “O que eu acho, que é um número interessante que a gente poderia ter na fase 1 e 2 em torno de 27 mil pessoas dentro do estádio”, destacou o arquiteto.
Uma área comercial com um edifício-garagem com, aproximadamente, 900 vagas para veículos também está nos planos da segunda fase do Plano Diretor. Para essa construção, o ginásio Colombo Salles teria que ser derrubado.
“Hoje nós gastamos R$ 4 milhões por ano de manutenção, a ideia é que esses empreendimentos que vão gerar mais de seis mil metros quadrados de área de locação, geraria esse recurso, para que esses R$ 4 milhões fossem destinados ao futebol”, explicou Aléssio.
A terceira etapa teria a construção de um anel superior com novos camarotes, fazendo a capacidade do estádio ultrapassar os 30 mil lugares, além da construção de um hotel para eventos.
“Isso pode ser feito como foi em 1991. Houve um montante na cidade para captação do dinheiro para fazer aquela obra nova. A terceira etapa poderia ser desta forma, pode vender títulos do sócio patrimonial, fazer alguma forma que vai pegar a torcida empolgada para viabilizar”, detalhou Aléssio.