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A Amrec é a região com a maior incidência de cargas transportadas sem nota fiscal. Após a realização do programa “Com Nota Fiscal Vai Legal'', verificou-se que 25% dos caminhões não possuíam a nota do que era transportado.
Isso representa um a cada quatro veículos, segundo o coordenador do Movimento Econômico da Amrec, Ailson Piva. “Não ter a nota acaba prejudicando os municípios. Quando tem deslocamento de mercadoria sem nota, a sua saída não tem registro, mesmo que ela não seja tributada, o município que fabricou aquela mercadoria acaba perdendo. O segundo maior problema é que verificamos que os caminhões que são parados nas ações são aqueles que fazem entrega, que você compra na loja e ela manda sem nota. Quando você faz esta compra do produto e o recebe sem nota, quem afirma que a mercadoria é sua? Como você vai provar que comprou?”, alerta Piva.
O programa “Com Nota Fiscal Vai Legal'' foi realizado pela em 2020 e será retomado em 2022. Além da participação dos profissionais da Amrec, ela conta com o auxílio do Governo do Estado e da Polícia Rodoviária.
Prejuízo econômico
Ailson Piva lembra ainda de outros problemas causados pela falta da nota fiscal. “Isso causa um transtorno, um prejuízo econômico muito grande para os municípios porque deixa de gerar o Valor Adicionado, que não quer dizer que seja cobrança de imposto, mas deixa de registrar uma economia que já foi registrada no município, transfere para outro que também não registra, porque o que entra sem nota também sai sem nota. Você não pode vender sem nota e comprar com nota. Isso acaba sendo uma cadeia”, cita Piva, acrescentando que, com o auxílio da Cidasc, foram abordados veículos transportando animais sem nota. “Foi pego boi e cavalo transportados sem nota. O cavalo, por exemplo, pode ser um ser um contaminantes. Sem nota você não sabe oque está sendo carregado. Se não foi roubado, por exemplo. Às vezes tem alguns que falam que estão indo em pouca distância, pode ser uma boa pessoa, mas não temos como saber se não tiver a nota”, finaliza.
