São 2,6 quilômetros de asfalto que farão muita diferença para uma região congestionada de Criciúma. O prefeito Clésio Salvaro foi até o secretário de Estado da Infraestrutura, Thiago Vieira, buscar informações sobre a quarta etapa da obra do Anel de Contorno Viário, trecho entre a SC-445, na Vila Zuleima, e a Avenida Luiz Lazzarin, na altura da Vila Francesa.
"Fomos atendidos pelo secretário Thiago, viemos tratar da última etapa do Anel Viário, é um trecho de 2,6 mil metros, uma obra que quando pronta vai cumprir o verdadeiro propósito do Anel Viário, de desafogar a Luiz Lazzarin e outras vias da área central de Criciúma", comentou Salvaro.
A obra está orçada em R$ 24 milhões. "O Anel Viário é uma prioridade, que está mapeada para quando iniciarem as operações de crédito", informou o secretário. "Com recursos próprios, nossa definição foi pela Rodovia Jorge Lacerda", apontou. A Jorge Lacerda, no acesso sul a Criciúma, terá suas obras de revitalização iniciadas em julho e com orçamento superior a R$ 22 milhões. Pelas informações do secretário, só será possível levar a obra adiante quando o Estado tiver acesso a novas linhas de crédito, o que ainda não tem data prevista para ocorrer.
ForCri sugeriu permuta
No ano passado o Fórum de Entidades de Criciúma (ForCri) chegou a sugerir uma permuta entre o Governo e a prefeitura, ideia avalizada pelo prefeito e encaminhada ao deputado Rodrigo Minotto, que fez a intermediação com o Estado. Mas o plano não prosperou. Porém, Salvaro deixou a entender que há duas possibilidades para a obra, um convênio ou a licitação direta pela Secretaria de Infraestrutura. "A expectativa é que ele atenda o nosso apelo, firme o convênio ou licite essa obra. Concluindo, agora sim podemos dizer que temos um Anel Viário", relatou.
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Promessas não vingaram
Quando inaugurou a terceira etapa do Anel Viário, entre os bairros São Simão e Vila Zuleima - trecho de 6,8 quilômetros com custo de R$ 34,8 milhões - o então governador Raimundo Colombo revelou que não havia recursos para a quarta etapa. Isso foi em janeiro de 2017. Quatro meses depois, Colombo informou o então secretário regional, João Fabris, de que o projeto poderia ser atualizado e a licitação lançada. O vice-governador à época, Eduardo Pinho Moreira - que no ano seguinte seria governador - chegou a anunciar que a obra estaria concluída até o fim de 2018. Porém, impedimentos técnicos não permitiram o avanço do projeto.
No vídeo abaixo, do Governo do Estado, como foi a obra da terceira etapa do Anel Viário.
Mas em 2018 houve uma nova tentativa de concluir o Anel Viário, que completara vinte anos da sua concepção original. O então secretário de Infraestrutura, Paulo França, citava um possível lançamento de edital em dezembro daquele ano para execução posterior da obra em doze meses. Mais uma vez, não saiu do papel.
Acesso a Nova Veneza? Ainda não
Hoje, o Anel Viário ainda encontra uma situação curiosa e constrangedora que vem dos tempos da inauguração da terceira etapa, há três anos e quatro meses: a rodovia termina em um matagal na Vila Zuleima. Por ali, há uma tímida estrada de chão. O local serve de espaço para depósito de entulhos.
Na época da entrega da terceira etapa, havia placas indicando, para quem viesse do São Simão um pouco antes do viaduto da Vila Zuleima, que convergir à direita significava ou rumar para Siderópolis ou contornar para Criciúma e seguir reto levaria a Nova Veneza. Levará, quando a quarta etapa estiver pavimentada. Daí, a futura rodovia vai fazer desaguar o tráfego em um cruzamento próximo ao acesso do Rio Maina, na altura da Vila Francesa.
Demora histórica
Pelo atraso histórico nas obras, o Anel Viário de Criciúma não terá possibilidades de ficar completo. Mesmo que executada a quarta etapa, faltará a última alça, que compreenderia do Rio Maina até os arredores da Unesc. Ocorre que, com a demora na execução, essa extensão acabou urbanizada por vários bairros, e hoje a Avenida Assembleia de Deus serve como uma alça alternativa a ligar a Avenida Universitária e a Rodovia Alexandre Beloli (esta sim parte do Anel Viário original) à região do Rio Maina.