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Apae recebe equipamentos desenvolvidos no IFSC

Doação de quatro itens vai colaborar para agilizar o trabalho nos atendimentos aos alunos

Por Redação Criciúma, SC, 12/12/2018 - 23:07 Atualizado em 12/12/2018 - 23:14
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A Apae de Criciúma recebeu nesta quarta-feira a doação de quatro equipamentos automatizados que vão facilitar o trabalho de profissionais no atendimento aos alunos nas sessões de fisioterapia e outras atividades realizadas pela instituição. Todos os equipamentos foram desenvolvidos por estudantes da sexta fase do curso de Engenharia Mecatrônica do Câmpus Criciúma do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e representam uma inovação para as Apaes de todo o Brasil.

Os equipamentos foram desenvolvidos na disciplina de Projeto Integrador, em que os estudantes de Engenharia Mecatrônica aplicam na prática conhecimentos do curso. No total, 14 estudantes se dividiram nas quatro equipes. O trabalho também envolve bolsistas de Engenharia Civil e Licenciatura em Química do IFSC, que auxiliarão na capacitação dos profissionais da Apae e no acompanhamento do projeto. A iniciativa faz parte do processo de curricularização da Extensão nos cursos de graduação do IFSC.

Um dos projetos desenvolvido pelos alunos foi um sistema automatizado que foi acoplado ao PediaSuit, equipamento usado por fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais para a reabilitação motora de pessoas com deficiência. A plataforma automatiza um procedimento que antes era feito de forma manual pelas profissionais.

“Temos três gaiolas de PediaSuit na Apae. Nas duas que não são automatizadas, fazemos todo o trabalho de deixar a criança em pé e iniciar o treino de marcha. Com a automação, passamos para uma fase mais avançada que é fazer uma marcha mais independente e treinar o aluno para que ele seja mais independente dentro de sua autonomia”, explica a fisioterapeuta Márcia de Assis, responsável pela área de saúde da Apae de Criciúma. De acordo com a profissional, o sistema é pioneiro nas Apaes em todo o Brasil.

Também foi entregue um guincho automatizado que auxilia no deslocamento de alunos atendidos que tem dificuldade de locomoção. A estrutura permite, por exemplo, que um aluno seja retirado da cadeira de rodas para a realização de exercícios em uma maca. Equipamentos similares disponíveis no mercado custam cerca de R$ 7 mil. O terceiro equipamento doado pelos estudantes foi uma mesa ajustável, também de forma automatizada, que proporciona maior conforto e acessibilidade às pessoas com mobilidade reduzida para a realização de tarefas como estudo e desenho. Além disso, os estudantes desenvolveram uma pulseira que mede batimentos cardíacos e pode ser utilizado principalmente com pessoas que têm dificuldade de se comunicar.

“Muitas vezes precisamos retirar o aluno da cadeira para colocar no tatame, fazer fisioterapia, ou mesmo para troca de fraldas. O guincho de transferência vai ajudar muito nesta tarefa. Já a mesa adaptada vem a suprir necessidades de deficiência visual e baixa visão, e nossas terapeutas ocupacionais poderão trabalhar e estimular toda essa parte visual e fazer adaptações específicas de inclinação que a criança precise durante a aula. A pulseira de batimentos cardíacos também é muito importante, principalmente no caso de alunos que têm problemas cardíacos com o envelhecimento. É importante nas atividades mais intensas ter esse monitoramento preciso e mais perto da gente o tempo inteiro”, afirma Márcia.

Os equipamentos foram testados e entregues na manhã desta quarta, na sede da Apae, na presença de profissionais da instituição. O guincho de transferência foi testado por um aluno da Apae que usa cadeira de rodas. “Havíamos feito testes, mas ninguém era cadeirante. Nós focamos na parte técnica, na segurança e na estabilidade, mas ver o projeto executado foi muito gratificante”, afirma a aluna Sabrina Souza, 20 anos.

Para o diretor-geral do Câmpus Criciúma, Lucas Dominguini, o projeto é a concretização da missão institucional do IFSC. “A execução dos projetos vem ao encontro da missão do IFSC, que é promover a inclusão social e formar cidadãos por meio da educação profissional, científica e tecnológica. Conseguimos ver claramente que os projetos desenvolvidos pelos alunos auxiliaram na sua formação e também na inclusão social e na melhoria da qualidade de vida dos alunos da Apae”, destaca.

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