No Programa Adelor Lessa da manhã desta quinta-feira, 12, uma das pautas discutidas foi o caso da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), de Araranguá, no curso de medicina. A grade que foi criada em 2017 e colocada em prática no ano seguinte com a primeira turma, iniciou tendo 26 professores contratados. Atualmente, a instituição de ensino relata que o curso irá parar para esses alunos, prestes a migrar para o sétimo semestre. A justificativa é por falta de vaga para novos professores e a paralisação está prevista a começar no dia 7 de outubro.
O número de professores segue o mesmo desde 2018, o qual deveria atingir 60 educadores conforme Projeto Político Pedagógico (PPP). Além disso, de 30 profissionais técnicos que deveriam ser contratados, como médicos, nenhum foi empregado. “Tínhamos previsto no projeto pedagógico que iríamos necessitar de um quadro geral de 90 profissionais, mas a nossa união prefeitura fazer a contratação dos profissionais ao decorrer do curso e sabemos que na prática não funciona assim”, destacou o presidente do centro acadêmico de Medicina da UFSC de Araranguá, Vitor Henrique Macarini.
Conforme o advogado dos acadêmicos Leandro Costa, a situação foi levada ao Ministério Público Federal (MPF), relatada a cada passo. Desde 2020 a coordenação solicita à reitoria, a contratação de novos professores, informações comprovados por meio de ofícios. No entanto, a resposta do Ministério da Educação (MEC) é de que a instituição não fez nenhum pedido de abertura de novos códigos de vagas e que além disso, possui 118 em aberto para contratações.
“Houve uma movimentação interna dentro da universidade com o intuito de que as vagas de professores que faltam para o curso fossem preenchidas adotando os pro procedimentos para resolver o problema, mas a resposta não foi satisfatória”, destacou Costa completando que “na última reunião que fizemos, no final de julho, eles falaram que terão prejuízos no próximo sétimo semestre e logo mais no quinto também”. Ouça a entrevista completa abaixo:
O presidente da Associação Empresarial do Vale do Araranguá (Aciva), Beto Sasso, relatou sobre a iniciativa que a sociedade está tendo para resolver o problema, uma vez que foram procurados pelos próprios alunos da universidade. “Já nos reunimos com a diretoria da UFSC de Araranguá e professores da medicina, a informação da paralisação é oficial. Temos uma reunião com o prefeito e queremos mobilizar os 15 que estão inseridos na Amesc, além dos vereadores do Extremo Sul e os três deputados federais Geovania de Sá, Daniel Freitas e Guidi”, salientou. Ouça a entrevista completa abaixo: