O prefeito de Maracajá, Arlindo Rocha (PSDB), é o novo presidente da Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (AMESC). O desafio vem em ano de mudança, que marca o fim das Agências de Desenvolvimento Regio-nal (ADRs) e traz um maior protagonismo às entidades municipalistas. A posse ocorreu na manhã de sexta-feira, em Araranguá. O cargo era ocupado até o momento pelo representante de Sombrio, Zênio Cardoso (MDB).
Para Rocha, há dois pontos fundamentais que devem ser levados em frente para que os outros objetivos possam ser alcançados. “O primeiro é a modernização da gestão. Já são realizados fóruns de secretários e diretores, que se reúnem e compartilham experiências, dividem o que têm de melhor em cada um dos municípios. Queremos estender principalmente para o Turismo”, conta Rocha.
O segundo ponto considerado importante pelo novo presidente da AMESC é a cumplicidade entre todos os 15 prefeitos, independente de sigla partidária. “Dessa maneira conseguiremos mais força para buscar nossas reivindicações junto aos Governos Estadual e Federal”, acrescenta. “E estou bem feliz de assumir mais essa responsabilidade e pela confiança depositada em mim pelos prefeitos”, complementa.
Infraestrutura entre as pautas regionais
O Vale do Araranguá faz a ligação de Santa Catarina com parte do Rio Grande do Sul e algumas obras são de extrema importância para o desenvolvimento econômico regional. A Serra da Rocinha, em Timbé do Sul, uma rodovia federal e que está em fase de pavimentação. A expectativa é que até 2020 o lado catarinense esteja completo.
Já a Serra do Faxinal é um desafio maior entre as reivindicações. A rodovia é estadual e está com as obras de pavimentação paralisadas. A expectativa é que possam ser incluídas no financiamento do Governo do Estado com o BNDES, mas não há indicativo do atual governador se os encaminhamentos deixados pela gestão passada serão levados em frente. “São obras muito importantes para o Extremo Sul, não só pelo turismo, mas também pelo escoamento da produção da Serra Gaúcha pela ligação com a BR-101”, salienta Rocha.
A região é contemplada por belas paisagens naturais. São cidades litorâneas e outras ao pé da serra com os famosos cânions. O fortalecimento do turismo também está nos planos do prefeito, além do meio ambiente. A elaboração de projetos integrados é apresentada como alternativa.
União entre as três associações
Não somente o Vale do Araranguá, mas todo o Sul precisa reagir economicamente e essa é também uma das pautas dos atuais gestores. Para Arlindo Rocha, um dos fatores que causaram esse atraso foi a demora para a duplicação da BR-101 e que essa busca deve ser realizada em conjunto com a Amurel, que une os municípios da região de Tubarão, e a AMREC, representando a região de Criciúma. “Estou bastante otimista em relação ao futuro do Sul, vejo um novo horizonte e o turismo é um deles”, aponta.
Mais especificamente na AMESC, há ainda a busca pela superação do fechamento da unidade da JBS em Morro Grande com a perda de mais de mil empregos em 2017.
Pedágio da 101
O presidente da AMESC afirma que o anúncio de que a concessão da BR-101 sairá ainda no primeiro semestre foi recebido com surpresa, nessa quinta-feira. Para ele, já se sabia da concessão do trecho desde que as obras foram realizadas, o que não pode ocorrer é o Sul pagar um pedágio maior do que o Norte do Estado.
E é nesse ponto que haverá participação da AMESC em negociação com o Governo Federal. As últimas informações davam conta de quatro praças entre Imbituba e Passo de Torres, com o valor acima dos R$ 4 em cada uma delas.