A pandemia do novo coronavírus trouxe grandes problemas econômicos para o país, sobretudo para as médias e pequenas empresas. Na região, desde que o primeiro decreto estadual de suspensão de atividades foi colocado em prática para conter o avanço da Covid-19, os empreendimentos seguem com dificuldades em manter o fluxo de caixa.
“O nosso pequeno empresário vive do dia-a-dia, vende hoje para pagar as contas amanhã. O mês de março e abril impactou todos, e eles não sabiam o que fazer. Nós [da Acic] os atendemos, muitos com problemas de fluxo de caixa, medos de protestos e cheques devolvidos”, declarou o consultor de empresas voluntário da Associação Empresarial de Criciúma, Lúcio Nazário.
A Acic vem intensificando os trabalhos de orientações de empresas justamente para atender as demandas advindas com a pandemia. A tentativa de conversação das empresas com os fornecedores é uma das principais orientações dadas pelos consultores - uma maneira de manter as contas em dia.
“Muitos conseguem se adequar ao fluxo de caixa no primeiro momento, mas outros não. Os que tinham pouco capital de vendas pararam e não tinham saída para como vender, então entramos com uma equipe na área de marketing e comercial para ajudá-los a vender nos primeiros 60 dias. Ajudar a desenvolver técnicas novas para que pudessem vender”, comentou Lúcio.
Apesar das dificuldades dos primeiros meses, Lúcio ressalta que nos últimos dias o mercado vem melhorando. Os meses de março e abril, no entanto, foram quase que destruidores - e os estragos ficaram. “O fluxo ficou negativo, houveram muitas demissões. Alguns fecharam, mas outros estão buscando se recuperar”, pontuou.