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As dificuldades enfrentadas pelo comércio do vestuário

Norma proíbe que os clientes destes estabelecimentos provem as peças, prejudicando as vendas

Por Marciano Bortolin Criciúma, SC, 27/04/2020 - 16:51
Fotos: Marciano Bortolin / 4oito
Fotos: Marciano Bortolin / 4oito

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Há 15 dias o comércio voltava a funcionar após período fechado devido a decreto do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Porém, o público não voltou a consumir como antes e os lojistas ainda vivem um pesadelo. Algumas regras que visam diminuir a proliferação do coronavírus prejudicam as vendas de alguns setores, como o vestuário. 

Nas lojas de roupas e calçados é proibido provar as peças e os comerciantes se viram como podem para concluir as vendas. “A gente explica aos clientes que realmente não pode provar. Os que têm crediário com a loja acabam comprando e retornam para trocar depois. Outra coisa que estamos fazendo é permitir que alguns clientes levam em condicional para provar em casa”, explica a vendedora, Aline Pizzetti.

Aline diz que esta norma dificulta ainda mais as vendas. “Dificultou bastante porque o pessoal prefere provar. Não notamos o aumento nas trocas porque o movimento está fraco”, fala Aline, acrescentando que outro fator para as vendas abaixo do esperado é devido ao transporte público que ainda não teve o funcionamento autorizado. “As regras como uso de máscara e de álcool gel as pessoas estão entendendo. Abrimos também no feriado de 21 de abril, mas o movimento foi bem baixo”, pontua.

Dedicação ao online

Proprietária de uma loja de calçados, Jady Scheffer, relata que aproveitou o período em que o estabelecimento precisou ficar fechado para se dedicar às vendas online através das redes sociais. “Venda é oportunidade, é ocasião e se não tiver a ocasião, não tem a oportunidade. Estamos trabalhando bastante as redes sociais e convertendo em vendas. Ampliamos as vendas online, pois no período em que a loja estava fechada, conseguimos nos dedicar mais a isso”, cita.

Jady revela ainda que algumas clientes insistem em provar os calçados. “Tem o aviso na porta com as regras, mas algumas clientes insistem que querem provar, explicamos que não é possível. Damos a opção da troca que antes era de 30 dias e agora é de 60 dias. Assim que a pessoa devolve, passamos álcool 70% com um pano descartável. É uma mudança de comportamento total”, diz.

Preocupação

O presidente do Sindilojas, Renato Carvalho, destaca que a preocupação está com todo o comércio, independente de setor, mas que a venda de roupas e calçados tem este agravante. “No último sábado tinha pouca gente no centro e na sexta-feira teve loja de vestuário que não entrou nenhuma pessoa o dia inteiro. É um fato novo que quebrou toda uma estrutura de todos. A cada dia aprendemos uma coisa diferente”, revela.

Carvalho fala ainda que muitos lojistas estão buscando inovar para não perder e até mesmo conquistar novos clientes. “Algumas lojas estão fazendo delivery de condicional, ou seja, mandam diversas peças para as pessoas provarem em casa e decidirem qual comprar. Estamos enfrentando muitas dificuldades em função também do transporte coletivo que ainda não voltou e também porque as pessoas não estão saindo de casa”, conclui.

Tags: coronavírus

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