Em um ambiente de questionamentos às pesquisas, os levantamentos, ao menos nos exemplos do segundo turno, acertaram ou chegaram muito perto dos resultados das urnas. Em Criciúma, o Instituto de Pesquisa Catarinense (IPC) apontou uma diferença de 1% entre o pesquisado e o apurado na disputa à Presidência da República.
“Mais um ano eleitoral em que as pesquisas que a gente publicou com a Rádio Som Maior e com o Jornal A Tribuna bateram com o resultado das urnas”, destacou o diretor do IPC, Renato Rampinelli.
O último levantamento na cidade, divulgado no dia 17, apontava o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) com 82,98% das intenções de voto. Na urna, domingo, ele alcançou 81,90%, uma diferença de 1,08%, inferior à margem de erro de 3,9 pontos para mais ou para menos. O mesmo vale para Fernando Haddad (PT), que, na pesquisa, teve 17,02% e terminou a eleição em Criciúma com 18,10% dos votos.
“Basicamente, foram os mesmos resultados. Além das pesquisas oficiais, as pesquisas internas também bateram com o resultado do processo eleitoral tanto em Santa Catarina, quanto em outros estados em que também fizemos pesquisas”, enfatizou Rampinelli.
A precisão se repetiu na disputa ao Governo do Estado em Criciúma. O IPC apontou, 11 dias antes do pleito, que Comandante Moisés (PSL) tinha 72,40% das intenções de voto. Ele alcançou 75,83% no domingo. Dentro da margem de erro de 3,9 p.p., portanto. Gelson Merisio (PSD) somava na pesquisa do dia 17 um índice de 27,60%. Fez 24,17% dos votos válidos.
Estado e país
A pesquisa Ibope em Santa Catarina foi, das recentes, a que mais distante passou dos resultados das urnas. Apontava, no levantamento divulgado na sexta-feira, 59% para Comandante Moisés e 41% para Gelson Merisio. As urnas apontavam uma diferença maior, de 71,09% contra 28,91%.
Mas em nível nacional os principais institutos também tiveram sucesso. O Ibope apontou, no sábado, Bolsonaro com 54% e Haddad com 46%. O Datafolha veio, também na véspera do pleito, com 55% para o candidato do PSL e 45% para o petista. Das urnas, foram 55,13% para Bolsonaro e 44,87% para Haddad.