Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

"As pessoas estão agravando na nossa frente", afirma presidente do Colegiado de Saúde da Amrec

Durante a pandemia, o número de pacientes na fila de cirurgias eletivas aumentou em SC

Geórgia Gava e Giovana Bordignon Criciúma, SC, 08/12/2022 - 15:50 Atualizado em 08/12/2022 - 15:54
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

Uma medida assinada no início de 2022, define que o Governo de Santa Catarina envie recursos financeiros para a realização de cirurgias eletivas. Mas, apesar de o objetivo do acordo ser de resolver o acúmulo de pacientes na fila, a espera deles continua. Os procedimentos, que não deveriam ter urgência, se tornaram urgentes. Nas regiões da Amrec, Amesc e Amurel, cinco mil pessoas aguardam agendamento.

“O nosso paciente está pronto para a cirurgia. Os municípios fazem muito bem a parte deles, pagando especialista e exames, mas, quando chega no momento do procedimento, há essa demora. Temos pessoas aguardando há cinco anos. As pessoas estão agravando na nossa frente. Toda a classe política deveria ficar na porta de uma secretaria de saúde um dia para ouvir o relato de dor pelo problema de saúde”, relata a presidente do Colegiado de Saúde da Amrec, Marijane Felippe.

Cirurgias devem ser realizadas em 2023

As cirurgias eletivas são um problema quase todo ano, mas, em função da pandemia, o quadro se agravou em 2020 e 2021 com a superlotação nos hospitais. Este ano, com a criação da Política Hospitalar Catarinense – um recurso do Governo do Estado de incentivo aos hospitais para custear e ampliar a execução de procedimentos eletivos – criou-se uma expectativa de avanço. Mas, as cirurgias que deveriam ter sido feitas até dezembro, ficarão para o próximo ano.

A área da Saúde pede que a política seja revisada. Segundo Marijane, todos os meses essa cobrança é feita ao Governo do Estado. A expectativa é de uma solução para 2023. “A política iniciou em maio. Todos os meses nós recebemos os relatórios de execução e cobramos do Governo do Estado. Muitas vezes, nós íamos cobrar dos hospitais. E os pacientes todos os dias na nossa porta. Todos estão esgotados e ficando doentes por ver, todos os dias, os nossos pacientes agravando”, desabafa.

Cinco mil pessoas aguardam agendamento

Na macroregião, que corresponde a Amesc, Amrec e Amurel, são sete mil laudos aguardando por um procedimento, sendo que cinco mil deles estão prontos para agendamento. Ou seja, o paciente passou por todos os estágios no município e pela avaliação em uma unidade hospitalar com um cirurgião e está pronta, apenas esperando a cirurgia. “A gente precisa que as instituições se organizem e executem”, salienta a presidente do Colegiado.

Saúde precisa ser foco do próximo governo

Para Marijane, o Estado precisa ver que o aporte financeiro aprovado na Assembleia Legislativa deve ser efetivado para a execução das cirurgias eletivas. No próximo governo, a bandeira de Saúde Pública precisa ser prioridade para iniciar 2023 tomando a frente deste problema. Além disso, seu pedido é para que haja fiscalização da Política Hospitalar Catarinense até outubro, porque ela “não está sendo executada na sua totalidade”.

“As pessoas estão sofrendo e agravando. Nós temos pacientes com problemas, aguardando uma cirurgia em urologia, que estão prestes a perder um rim. Estamos falando de vidas”, frisa Marijane. “Me deito a noite e penso que já não está mais dentro da minha governabilidade. A gente precisa que o estado tome a frente disso. Estamos preocupados. Entra mês, sai mês, não estamos vendo uma melhora”, confessa.

Copyright © 2024.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito