A Rádio Som Maior iniciou nesta quarta-feira, 7, uma série de entrevistas com os candidatos a prefeito de Criciúma. O primeiro a falar ao jornalista Adelor Lessa, foi o candidato à reeleição, Clésio Salvaro (PSDB).
Nesta quinta-feira, 8, a entrevistada será Julia Zanatta (PL).
Salvaro iniciou falando de algumas ações realizadas em seu mandato. “Daqui do Edifício Due Fratelli, enxergo o Centro Cultural Jorge Zanata que antes de assumirmos estava acabado e nós recuperamos. A antiga sede do INPS, que estava abandonada, era da União, o telhado tinha caído, estava até nascendo árvore e agora é o melhor centro de saúde da cidade e um dos melhores do estado”, comentou.
O prefeito também falou da importância da gestão dentro da Administração Municipal. “Governar o governo também é fundamental. E como governar um governo do tamanho de Criciúma? Em uma cidade que é polo, governar o governo é sempre um desafio. No próximo mandato, caso reeleitos, eu e o Ricardo Fabris (vice-prefeito), vamos continuar nesta batida”, salientou.
Ele recordou dos precatórios que precisam ser pagos pelo Município. “Os precatórios são o que sugam boa parte do nosso dinheiro. Temos dois precatórios que precisam ser bem trabalhados: do Morro do Céu e a ação de uma carbonífera. Antes era o Hospital Materno Infantil Santa Catarina que tirava da conta da prefeitura e colocamos na conta de quem precisa pagar, que é o Estado”, destacou.
Para Salvaro, as prioridades dependem da região da cidade. “A cidade caminha, não é uma obra acabada. É plural e ela tem muitos problemas na medida que se desenvolve. A prioridade depende do ponto de vista. Mas qual a prioridade da cidade como um todo? A educação em tempo integral? Muitos alunos em área integral, curso de robótica, aulas de inglês. A quantidade de empregos gerados? Tem sido mutante, uma constante mudança. A economia não se mede na relação empresa/empregado. Até 2019 tínhamos saído de 2015, 2016 com geração de emprego negativa e até 2019 ultrapassado os 3,5 mil empregos. Entre empresas abertas e fechadas, o saldo é de 7,5 mil novas empresas, vários são os fatores. A Casa do Empreendedor é que permite que em menos de três dias muitos empresários saia com o alvará de sua empresa”, disse.
O candidato tucano falou também dos desafios na área da saúde. “O grande desafio da saúde é buscar conscientizar que nada é de graça, tudo é pago. A falta chega a 40% em alguns casos por dia. Daí fica o profissional esperando e o paciente não aparece. Tu marca a consulta, e tu não comparece e nada acontece? E fica o gasto público disponibilizado para as pessoas e nada acontece”, citou.
Ele não concorda ainda com a comparação de Criciúma com cidades da região. “Com o pé no chão não comparamos Criciúma com as outras cidades da região, nós comparamos com Florianópolis, Joinville, Blumenau., comparamos olhando para cima. Em 2019 o movimento econômico só perdemos para Itajaí. Temos problemas de mobilidade mas cidades que estão crescendo, do tamanho de Criciúma, isso acontece”, relatou.
Mobilidade urbana
Sobre a mobilidade urbana, o candidato à reeleição citou obras de melhorias e deu destaque a um deles. “O Binário da Santos Dumont, no Bairro São Luiz, vai solucionar muita coisa. Pavimentamos ruas que, em condições normais, levariam 40 anos. Vamos esperar que Santa Catarina, o mais rápido possível, tenha um governador para concluir com o Anel de Contorno Viário. Até agora o Governo do Estado não contribuiu em nada com Criciúma”, criticou.
Denúncias
O prefeito foi questionado também sobre as denúncias feitas pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), citando a Operação Blackout. “Os adversários tentaram investigar a minha vida nas últimas semanas. Tentam impugnar, não encontraram absolutamente nada. Encerrou o prazo de registro de impugnação e nada foi encontrado. Tenho estima pelo Ministério Público, temos bons promotores públicos na cidade, mas lamentavelmente uma que está aparelhando o seu cargo junto com a oposição e isso é muito lamentável. Se somar todas as informações pedidas do Ministério Público e prestadas pelo Município chega a um milhão de páginas. Quando se faz uma denúncia, como a Blackout, depois de um ano tem que ter provas concretas. Na denúncia nada foi encontrado, inconformada a promotora foi ao Tribunal de Justiça que disse que não tem nada. Só que fica colocando na cabeça das pessoas elas passam a ser sinônimo de condenação. É importante ter muita responsabilidade.”, enfatizou.
Campanha
Sobre o período eleitoral, Salvaro disse que faz uma campanha propositiva. “Criciúma está no caminho certo, não tenho dúvida disso. Esta é uma cidade acolhedora. Encontramos pessoas de outras cidades, estados que vem e não voltam mais, porque esta é uma cidade de oportunidades. O governo não pode ser um peso nos ombros das pessoas. Ele precisa facilitar a vida das pessoas. Sei que temos problemas e precisam ser resolvidos”, finalizou.
Confira a entrevista de Clésio Salvaro na íntegra: