A Associação Brasileira de Carvão Mineral (ABCM) anuncia uma mudança em sua trajetória, que marca a nova fase na indústria carbonífera no país. Com quase duas décadas de atuação, a entidade passa por uma reformulação, que culmina na troca de nome para Associação Brasileira de Carbono Sustentável.
Fernando Zancan, presidente da recém-renomeada associação, destaca a necessidade de reinventar a indústria do carvão mineral diante dos desafios ambientais e das demandas por práticas sustentáveis. “O carvão tem carbono e temos que cuidar para manejar de forma sustentável. Ou seja, se o CO2 está causando problema para a atmosfera, a gente tem que manejar o CO2”, ressaltou.
Fertilizante a partir do carvão
A mudança não se limita ao nome, mas representa uma transformação integral na abordagem da indústria do carvão mineral no Brasil. A associação abre as portas para a entrada de novos sócios, especialmente aqueles que incorporam o carbono em seus produtos. A Diamante Energia, com a usina Jorge Lacerda, já integra o grupo e a JBS se une ao programa.
“A JBS, em uma usina termoelétrica no interior do Rio Grande do Sul, vem com a decisão de fazer fertilizante a partir do carvão. Ou seja, quando se imagina e projeta que o carvão está indo para o fim, o carvão se reinventa e ressurge com novos encaminhamentos”, destacou o presidente da Associação Brasileira de Carbono Sustentável.
Jornada ecológica e tecnológica
A instituição visa criar uma indústria de carvão inovadora, concentrando-se na transformação de resíduos em produtos sustentáveis. Essa abordagem pretende transformar o que antes era considerado resíduo em matéria-prima para produtos ecologicamente responsáveis.
“Nós vamos fazer uma nova indústria de carvão, principalmente, pegando os resíduos que a gente tem e transformando em produtos. É uma nova fase, é uma jornada tecnológica e ecológica. Ou seja, nós estamos transformando o que é resíduo, em produtos sustentáveis”, concluiu Zancan.