Não é de hoje que existem teorias da conspiração, ou sem conspiração, envolvendo alienígenas. Não é à toa que existem milhares de ufólogos espalhados pelo [nosso] mundo, publicações e sites sobre o tema, vídeos e, inclusive, religiões que dão conta de que não estamos sós no universo.
Mas, até então, nada provado fora desses círculos de estudo.
Acontece que um objeto interestelar chamado Oumuamua, descoberto em 2017, chamou a atenção de cientistas de uma das mais renomadas e conceituadas universidades do mundo.
Em artigo publicado na última quinta-feira (1), dois cientistas do Centro de Astrofísica de Harvard levantaram a possibilidade de que a rota deste asteroide não seja aleatória, e sim direcionada. Sendo assim, direcionada por quem? Alienígenas.
E eles vão além, afirmando que, baseado em sua aceleração, o Oumuamua “pode ser uma sonda totalmente operacional enviada intencionalmente para as proximidades da Terra por uma civilização alienígena”, dizem.
Entrevistado pelo site G1, Renato Vicente, físico e vice-presidente do Instituto Principia, em São Paulo, afirma que a possibilidade de a sonda ter sido direcionada por extraterrestres explica uma discrepância na frequência com que o objeto é visto.
“O fato de a gente ter visto o objeto significa que a produção deles é muito mais frequente do que a gente achava que era. Ao longo do período de tempo que estamos observando, que é curto, a produção deveria ser, no mínimo, 100 vezes maior para conseguirmos ver um. Isso pode significar três coisas: a primeira é que a teoria de produção deles que nós usamos, baseada no nosso sistema solar, está errada. A segunda é que demos muita sorte de ver um. A terceira possibilidade é que é um objeto artificial, produzido por alienígenas, o que é compatível”, diz.
O físico ressalva ainda que “a explicação do objeto artificial parece fácil, mas não é. Envolve uma história anterior. Para ter uma civilização capaz disso, é preciso assumir que existe essa evolução numa sociedade, com a capacidade de fazer viagens interestelares. E a gente tenta assumir a menor quantidade de coisas possível”.
Sobre o sistema de propulsão do objeto, os astrofísicos de Harvard debateram a possibilidade de ele use a pressão da radiação solar para acelerar. Sendo esse o caso, levando em conta o formato de panqueca e a possibilidade de uma origem artificial, a possibilidade é de que o Oumuamua seja uma vela solar, flutuando no espaço interestelar como detrito de um equipamento tecnológico avançado", explicam os pesquisadores.