Além dos problemas causados pelos sons do estampido, principalmente em idosos e animais, os fogos de artifício também podem ser responsáveis por acarretar acidentes para as pessoas próximas ao local e, inclusive, ao responsável pelo uso do artefato explosivo.
Para garantir a segurança dos usuários, os fogos são divididos em quatro classificações, de acordo com a quantidade de pólvora contida, e cada classificação indica uma idade mínima para o manuseio. "As pessoas que vão soltar esses fogos tem que cuidar o tipo de fogo que está sendo comprado. Então comprar os fogos em lojas especializadas, e não guardar esses fogos dentro de casa ou no bolso", orienta o capitão do quartel de Bombeiros Militares de Içara, Felipe Daniel da Silva, ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior. Veja a tabela de classificação dos fogos abaixo:
Classe A
São fogos de vista com ausência de estampido, como bombinhas. Podem conter até 20 centigramas de pólvora e ser manuseados por crianças com mais de 12 anos, desde que esteja na presença de um adulto.
Classe B
São fogos com estampido, que contém entre 21 a 25 centigramas de pólvora, e também podem ser manuseados por crianças maiores de 12 anos, desde que na presença de um adulto.
Classe C
São fogos com estampido como foguetes com ou sem flecha, rojões com ou sem vara. Possuem de 25 centigramas até 2,5 gramas de pólvora. A venda do produto só é permitida para maiores de 18 anos. As bombas só podem conter até 6 gramas de pólvora por peça.
Classe D
São fogos de artifício com estampido como baterias e morteiros com tubos de ferro. Contém mais de 2,5 gramas, a venda é proibida para menores de 18, e sua queima deve ser previamente autorizada pelas autoridades competentes.
Durante as festas de fim de ano, os bombeiros são responsáveis apenas por controlar a queima nos shows em locais fechados, onde há fogos específicos para serem utilizados. "Em locais abertos, eles devem ser realizados através de um profissional técnico habilitado, que se chama o blaster. O blaster faz todo um dimensionamento de afastamento e de segurança", explica o capitão.
Apesar do aumento dos cuidados, os acidentes com os fogos de artifício são frequentes. "Nos últimos anos tem diminuído, mas sempre tem algum ponto onde tem a queima de alguma pessoa ou acidente relacionado aos fogos", aponta Felipe Daniel.
Ouça, na íntegra, a entrevista do capitão ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior: