((Áudio)) "Houve muitas falhas" admite secretária de educação sobre criança agredida por estagiária em escola de Criciúma

"É muito difícil ficar numa turma às vezes com 25 alunos e isso, um professor tem essa noção. Houve muitas falhas e nenhuma delas chamou a direção". A declaração pertence a Secretária de Educação de Criciúma, Alexsandra Stols, em referência ao episódio em que uma estagiária acabou presa por agredir uma criança, de cinco anos, na escola e resultou no desligamento de quatro profissionais da rede. A violência, que aconteceu na escola Lili Coelho, no bairro Santa Luzia, nessa segunda-feira (07) foi filmada por uma delas e o vídeo ganhou grande repercussão. Nele é possível ver a mulher, de 38 anos, sacudindo a criança diversas vezes e abafando ela com um cobertor. 

Em entrevista ao programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior, na manhã desta terça-feira (08) a secretária confirmou que são cerca de 800 estagiários que atuam na rede municipal de ensino, com salários entre R$ 700 e R$ 1mil e que a sala de aula, onde aconteceu a agressão, está sem professor há 30 dias. Aos professores os salários pagos, segundo ela, depende, entre outras questões, da carga horária e variam entre R$ 6 mil e R$ 9 mil. "O estagiário, quando ele vem para fazer o estágio, ele tem essa informação e nós fazemos todos os nossos estagiários passarem por formação. Este foi um fato isolado, um momento talvez e nós desligamos as quatro estagiárias porque a gente vê nesse vídeo que todas quatro foram omissas", sublinhou. Ela ainda falou sobre as dificuldades de contratação por conta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), de 2016. 

Ouça na íntegra a entrevista que a a Secretária de Educação de Criciúma, Alexsandra Stols, concedeu nesta terça-feira (08) ao programa Adelor Lessa, na rádio Som Maior: