A crise que afetou o setor do arroz em Santa Catarina este ano trouxe desafios significativos para as indústrias e produtores locais. O presidente do Sindicato do Arroz de Santa Catarina (Sindiarroz), Walmir Rampinelli, em entrevista na manhã desta terça-feira (17), ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior, detalhou as dificuldades enfrentadas, especialmente após as cheias que afetaram a colheita e a importação de arroz, além de destacar as perspectivas para o futuro.
Rampinelli revelou que, após as enchentes que alagaram silos e danificaram a produção, o setor foi surpreendido por um edital do governo federal que propunha a importação de um milhão de toneladas de arroz. "O governo não entendeu que já havia arroz no mercado interno. Essa intervenção foi desnecessária e causou um aumento exagerado nos preços", afirmou. No entanto, segundo o presidente, as indústrias de arroz optaram por não participar do leilão de importação, e os efeitos do edital foram suspensos.
Nova sede
O presidente também anunciou que, como parte de uma estratégia para aproximar o sindicato das principais áreas produtoras, a sede do Sindiarroz foi transferida de Jaraguá do Sul para Criciúma, no sul do estado, onde estão localizadas 80% das indústrias catarinenses de arroz. "A mudança de sede é definitiva. Estamos trazendo o sindicato para mais perto da realidade da nossa produção", explicou Rampinelli.
Apesar dos altos e baixos do mercado, Rampinelli se mostrou otimista quanto à safra de 2024. "A expectativa é de uma super safra com arroz de qualidade, o que deve equilibrar o mercado e trazer estabilidade para o setor", afirmou, destacando a importância da produção local, que é fundamental para abastecer o mercado interno e externo.
Ouça na íntegra a entrevista do presidente do Sindiarroz, Walmir Rampinelli, ao Programa Adelor Lessa, na rádio Som Maior: