O retorno das aulas presenciais em escolas públicas de Santa Catarina está marcado para acontecer, em sua totalidade, até o dia 18 de fevereiro. A volta ocorre ainda em meio da pandemia de Covid-19, o que faz redobrar a preocupação por parte de pais e professores. Conforme o pneumologista Renato Matos, é preciso que os responsáveis estejam atentos para que, em caso de sintomas, os filhos não sejam enviados às escolas.
“A participação dos pais é fundamental. Se o meu filho estiver com qualquer sintoma sugestivo de coronavírus, essa criança sob hipótese nenhuma deverá ser mandada para a escola. ‘Ah mas está só com nariz entupido e a típica dor de garganta anual’, mas isso pode ser coronavírus, então até que a situação se defina a criança deve ficar em casa”, pontuou.
A atenção dos pais e responsáveis frente a essas situações é extremamente importante para que o retorno das aulas presenciais possa ocorrer sem grandes complicações. Em outros países e regiões, casos de surtos de contágio em unidades escolares já aconteceram e forçaram uma paralisação temporária.
“Se, com sintomas, a criança não ficar em casa, colocará em risco todas as demais crianças da sala, que provavelmente não terão sintomas importantes, mas que poderão levar para a casa e contaminar pais e avós, que aí sim poderão ter complicações maiores”, disse.
Além da participação dos pais, é importante uma atenção especial por parte de professores e sobretudo do poder público na retomada das aulas presenciais. Isso porque, segundo Renato, tal retorno precisa estar condicionado também ao momento em que determinada região vive em relação à pandemia de Covid-19.
Amrec, Amesc e Amurel são algumas das poucas regiões de Santa Catarina que não estão classificadas no risco potencial gravíssimo (vermelho) para o coronavírus. O oeste catarinense, por exemplo, está com leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 praticamente lotados, algo que também precisa ser levado em consideração no retorno das aulas.
“A volta das aulas depende muito da situação epidemiológica da região. Se estamos em aceleração da doença, as escolas vão gerar muito movimento, até nos próprios ônibus, em uma aglomeração que é quase inevitável. Em situações de aceleração da doença, tem que se colocar um freio de mão nessa abertura durante esse ano”, declarou Renato.