O município de Criciúma está próximo de comprar o antigo pavilhão da Cecrisa, localizado no bairro Nossa Senhora da Salete, no limite com Içara. A expectativa é transformar a área em um condomínio empresarial. Nesta semana, em discurso na Associação Empresarial (Acic), o prefeito Clésio Salvaro anunciou a intenção de compra do local, que atualmente pertence a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).
“Há uns dois meses, eu fui ao Palácio da Agronômica e pedi ao governador o terreno onde funcionava a cerâmica Cecrisa. Mas, não sabíamos que aquele terreno já não pertence mais ao governo. Ele foi repassado a Celesc, que quer R$ 13 milhões. São seis hectares. Aí, demos uma ‘choradinha’ e eles trouxeram para R$ 9,7 milhões. Bom, eu imagino que o governador vai me ajudar e vou comprar o terreno por R$ 9 milhões” , disse, Salvaro, na Acic.
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Pavilhão será demolido
De acordo com o diretor de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Criciúma, Aldinei Potelecki, as negociações avançaram e devem ser finalizadas nas próximas semanas. “Já fizemos uma proposta, a Celesc fez a contraproposta e, agora, tem os encaminhamentos internos da companhia no que diz respeito a essa aquisição por parte da prefeitura”, explica. “Depois disso, nós vamos discutir o conceito do espaço. Mas, o objetivo é instalar um condomínio empresarial”, complementa.
O terreno será transformado em um local com foco no fomento de emprego e renda em Criciúma. “Essa é uma discussão que vamos aprofundar melhor. Provavelmente, aquele pavilhão existente não poderá ser utilizado. Ele será todo demolido para que daí, então, se façam novas estruturas. Mas, isso é uma segunda etapa”, enfatiza o secretário. “Finalizando os trâmites de aquisição, nós vamos para a etapa de definição de conceito e assim por diante”, finaliza.
Ouça, no podcast, a explicação do diretor Aldinei Potelecki:
A situação do pavilhão
Há pouco mais de um mês, no dia 27 de fevereiro, o diretor da Defesa Civil de Criciúma, Fred Gomes, esteve na Rádio Som Maior falando sobre a situação de imóveis abandonados na cidade, e referiu o caso do antigo pavilhão da Cecrisa. "É um imóvel abandonado da cidade. Não é interessante para a cidade ter algo assim, e em um espaço privilegiado como aquele", disse.
O diretor esteve no local recentemente. "Está praticamente sem telhado. Quando chove, empoça água lá dentro. É até um problema de saúde pública", contou. Ele citou que moradores de rua já foram vistos no local. "Tem também. Tem o mercado ali perto, tem a coordenadoria da Defesa Civil regional que funciona por ali, mas mesmo assim moradores de rua tentam entrar ali no pavilhão", contou. "Já fizemos algumas operações lá. Com esse projeto do prefeito, dando certo vai ser muito bom", referiu, pontuando o projeto de criação do condomínio empresarial na área.
O prédio que era da Cecrisa tem 59 mil m² de área e depois que a empresa deixou o local foi repassado à titularidade da Celesc.