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BID financia 276 milhões de dólares para a Celesc

Contrato foi assinado nesta quarta-feira, em Brasília. Investimento será feito em ampliação de redes e melhorias no sistema elétrico catarinense

Por Redação Brasília, DF, 01/11/2018 - 15:51
Fotos: Douglas Saviato / Divulgação
Fotos: Douglas Saviato / Divulgação

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O presidente da Celesc, Cleverson Siewert, assinou, nesta quarta-feira, 31, em Brasília, o contrato junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a aquisição de um financiamento de US$ 276 milhões. A conquista é comemorada por diretores, empregados e acionistas da Empresa, que, juntamente ao Governo do Estado, trabalham há mais de dois anos para viabilizar empréstimos com bancos de fomento internacional.

“A Celesc agradece a todos que participaram do processo e ajudaram a Empresa a alcançar condição técnica forte para assumir este compromisso. Agradecemos ao apoio do governador Eduardo Pinho Moreira, da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, do senador Dalírio Beber pela liderança aqui em Brasília e também da União, cujos esforços nos permitiram viver esse momento. Com certeza esse movimento vai nos permitir melhorar a qualidade da energia e dos serviços prestados a todos os catarinenses”, diz Cleverson.

A secretária de Articulação Nacional, Lourdes Coradi Martini, que representou o governador Eduardo Pinho Moreira na assinatura dos contratos, agradeceu o empenho de todos os envolvidos para que o financiamento fosse concretizado. “A população catarinense será a grande beneficiada com este expressivo investimento a ser aplicado em obras de construção e na melhoria do sistema elétrico catarinense. Agradecemos, ainda, as demais operações estabelecidas entre o Governo do Estado e o banco, como o BID 6, um financiamento aplicado para o desenvolvimento da infraestrutura rodoviária em várias regiões de Santa Catarina”, destaca.

O recurso pleiteado junto ao BID é parte do valor total buscado pela Celesc no mercado, de US$ 345 milhões. O montante irá custear 60% das obras para a construção e melhoria do sistema elétrico catarinense entre 2018-2022, o que representará um ganho operacional de 20% no estado. O dinheiro será aplicado na construção de 20 novas subestações e na ampliação de 31 existentes; assim como na instalação de 342 km de novas linhas de distribuição e na aquisição de equipamentos, materiais e recursos para áreas de automação e TI.

“Em busca da sustentabilidade econômica, social e ambiental, a Celesc tem como obrigação racionalizar a procura por parceiros para novos investimentos. Qualquer setor que seja intensivo no uso de capital, sobremaneira para realizar investimentos, tem uma máxima de buscar capital de bancos. Isso porque o recurso com instituições de fomento é mais barato em relação ao do acionista”, destaca o presidente. Ele reforça que o setor de energia elétrica, no Brasil e no mundo, está alinhado com essa lógica, pois necessita de capital intensivo para investimentos de grande porte.

A proposta do BID inclui condições absolutamente diferenciadas e que permitirão uma maior oferta de energia para todo o estado de Santa Catarina. A negociação se justifica, principalmente, por oferecer 25 anos para o pagamento, sendo cinco de carência, além de juros na ordem de 4% ao ano, enquanto bancos nacionais cobram taxas 400% maiores, em média.

Andamento do processo

Na última semana, o Ministério da Fazenda concedeu garantia da União para a Celesc Distribuição adquirir o empréstimo junto ao BID. Essa era a última etapa do procedimento exigido pela instituição internacional para a realização da operação de crédito.

As tratativas iniciaram em 2016, passando por aprovação do Governo Federal, por meio da Comissão de Financiamentos Externos (COFIEX), órgão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão que trata da obtenção de recursos externos ao setor público.

Em setembro de 2017, o projeto passou pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina e recebeu aval dos deputados para que o Governo do Estado fosse autorizado a avalizar o empréstimo.

No início de setembro deste ano, a operação também foi aprovada pelo Senado Federal, seguindo para a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, que fez o encaminhamento ao Ministro da Fazenda para a convocação da assinatura oficial do contrato.

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