O bisneto do ditador fascita italiano Benito Mussolini foi incorporado ao time sub-19 da Lazio, clube de Roma. Romano Mussolini, 18 anos, atua como lateral direito e é filho da neta de Mussolini, a política Alessandra Mussolini, que integrou na década de 90 partidos neo-fascistas da Itália.
A história da Lazio se confunde com a ascensão fascista no país da bota e até hoje há manifestações desse espectro radical político de direita no estádio Olímpico, na capital italiana.
Mussolini comandou uma ditadura fascista, aliada ao nazismo de Hitler, entre 1922 e 1945 na Itália. Como forma de propagar-se como um líder populista, "Il Duce" tentou incorporar-se ao futebol no país e adotou a Lazio como time preferido - o clube, por sua vez, aceitou ligar-se ao regime.
Até os dias de hoje manifestações fascistas são flagradas nas arquibancadas do estádio Olímpico, onde a Lazio manda seus jogos. Os Ultras - forma como são chamadas as torcidas organizadas italianas - do clube já levaram às arquibancadas símbolos e alusões ao nazismo. O ex-ditador fascista, morto em 1945, até hoje é cultuado por esses torcedores radicais.
No começo dos anos 2000, o meia-atacante Paolo Di Canio, ídolo recente do clube, comemorou um gol no clássico contra a Roma fazendo a saudação fascista em frente aos Ultras e foi multado em 10 mil euros.
A mãe de Romano Mussolini, o novo jogador da base do Lazio, deu uma entrevista à Agência ANSA e disse que o filho “não quer nenhuma intromissão em sua vida e suas coisas”, de acordo com reportagem publicada no Portal Uol no Brasil.