Medalhista de ouro nos 200 metros rasos e no 4x100 do Pan-Americano de Guadalajara, em 2011, a velocista Ana Cláudia Lemos está de férias em Criciúma e participou do Programa Do Avesso, falou sobre a carreira, treinamentos e abriu o jogo sobre o doping.
“O atleta é responsável por tudo o que consome. Sempre tive na minha cabeça que jamais usaria algo proibido. Analisamos os suplementos e descobrimos de onde veio a contaminação”, explicou.
Em 2016 a atleta foi pega em um exame antidoping, para a substância esteroide anabolizante oxandrolona. A contaminação rendeu-lhe suspensão de cinco meses fora das pistas. Os atletas são testados constantemente.
“Somos testados fora do período de competição. Se um atleta não for encontrado três vezes para testes pode receber suspensão das competições”, contou.
Liberada para participar dos Jogos Olímpico do Rio de Janeiro, acabou não competindo devido a lesão no joelho. Ela competiu nas Olímpiadas de Pequim em 2008 e em Londres 2012.
“Na China eu não tinha noção do que era Olimpíada. Quando vi o estádio lotado pensei, se estou aqui é porque estou entre as melhores do meu país”, lembrou Ana Paula.
Especialista nos 100 e 200 metros rasos, excepcionalmente corre os 400 metros. Ela iniciou a pratica de atletismo aos 13 anos, pois sempre tinha destaque nas aulas de Educação Física.
“O esporte feminino tá crescendo, lá nos Estado Unidos todas as modalidades do atletismo possuem investimentos. Aqui ainda tem aquele ditado que o Brasil é o país do futebol”.
Embora nos períodos de férias, a medalhista afirma que deve tomar cuidado com a dieta. Não é proibido comer chocolate ou pizza, mas não pode deixar isso cair na rotina.
“É o treinamento invisível, temos que saber os limites do corpo e se comportar em todos os lugares”, finalizou.