Um discurso comum entre os jogadores, comissão técnica e diretoria do Criciúma: se o início do campeonato não tivesse sido ruim, a situação do Tigre poderia estar melhor na Série B. A referência é ao começo da competição, quando o Tricolor marcou quatro pontos nas primeiras oito partidas do turno. A atual boa sequência dá o aval para a lamentação. Se no turno o Criciúma tivesse conseguido o mesmo desempenho que obteve contra os mesmos adversários no returno, somando 12 pontos, teria, atualmente, a mesma pontuação do líder, com 47 pontos.
“Nos últimos jogos a gente pode ver que as coisas poderiam ter sido melhores no início”, disse o lateral Suéliton. Mas o jogador espera esquecer o passado e agora focar para evitar uma nova proximidade a zona de rebaixamento. “Como o passado não volta, temos que dar seguimento no que viemos fazendo, da melhor forma, com pés no chão, sabendo que os jogos que restam são finais”, complementou.
A primeira das próximas tantas finais será no sábado, quando o Tigre enfrenta o Paysandu, em Belém, no Pará. A preparação para o jogo começou ainda na segunda-feira, com um regenerativo para aqueles que jogaram contra o Avaí e um treino leve para os demais. Ontem, a atividade foi no Estádio Heriberto Hülse, onde Mazola Júnior comandou um treino técnico, sem sinalizar o time.
“É ter os pés no chão, treinar firme nesta semana a parte tática que o professor vai passar, visando o Paysandu. A gente tem que ser bem inteligente porque vai ser um jogo difícil”, acrescentou Suéliton.
Vivendo um bom momento
No meio da competição, uma lesão na panturrilha tirou o lateral de alguns jogos. De volta ao time titular, ele confessa que ainda sente uma insegurança do retorno da lesão. Mas avalia o seu atual momento importante. Foi dele o cruzamento que acabou originando o gol da vitória sobre o Avaí.
“Não só eu, todo o grupo se fortalece quando ganha. Nos últimos dois meses, a gente teve algumas lesões, sobre as quais trabalhamos muito. A gente chega cedo no clube para fazer prevenções que um atleta profissional tem que fazer. A gente tem esse costume, com o Maranhão, o Luiz e outros atletas, para que as coisas não venham a acontecer negativamente. Mas só com trabalho as coisas podem mudar e, graças a Deus, estão mudando”, concluiu.