O Brasil está com 12,9 milhões de desempregados. Esse e outros dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Covid-19) foram publicados nesta quarta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número é 27,6% maior que o registrado em maio, quando a pesquisa começou. Na ocasião o Brasil tinha 10,1 milhões de desempregados.
Em agosto, a PNAD estimou a população ocupada do país em 84,4 milhões de pessoas, com aumento de 0,8% em relação a julho, mas ainda acumulando redução de 2,7% em relação a maio.
A Região Sul foi a única a apresentar queda da população desocupada (-2,3%). Nordeste (14,3%) e Norte (10,3%) apresentaram as maiores variações.
No Brasil, segundo os resultados da PNAD COVID, a taxa de desocupação aumentou em 0,5 pontos percentuais de julho para agosto (passou de 13,1% para 13,6%). A taxa em agosto foi maior que em julho nas Regiões Norte, Nordeste e Sudeste, manteve-se inalterada na Região Centro-Oeste, e caiu apenas na Região Sul. Os valores das taxas de desocupação, em ordem decrescente, em agosto, foram: Nordeste (15,7%), Norte (14,2%), Sudeste (14,0%), Centro-Oeste (12,2%), e Sul (10,0%).
A taxa de desocupação entre as mulheres foi de 16,2%, maior que a dos homens (11,7%), a diferença também foi verificada em todas as Grandes Regiões. Por cor ou raça, no Brasil e em todas as Grandes Regiões a taxa era maior entre as pessoas de cor preta ou parda (15,4%) do que para brancos (11,5%). Por grupos de idade, os mais jovens apresentaram taxas de desocupação maiores (23,3% para aqueles de 14 a 29 anos de idade) e, por nível de escolaridade, aqueles com nível superior completo ou pós-graduação tiveram as menores taxas (6,8%).
Força de trabalho cresce 1,4%
A força de trabalho subiu de 93,7 milhões em julho para 95,1 milhões em agosto (aumento de 1,4% em relação a julho).
O contingente de pessoas fora da força de trabalho passou de 76,5 milhões em julho para 75,2 milhões de pessoas em agosto, o que corresponde a uma redução de 1,6% em relação ao mês anterior. Deste total, 36,1% (27,2 milhões) gostariam de trabalhar, mas não buscou trabalho e 23,3% (17,5 milhões) não buscou trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, mas gostaria de trabalhar.
No início da pesquisa, em maio, 70,2% das pessoas que, embora quisessem trabalhar, não o fizeram alegaram que o principal motivo estava relacionado à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, esse percentual vem caindo mês a mês: em julho, 67,0% das pessoas que embora quisessem trabalhar não o fizeram alegaram que o principal motivo estava relacionado à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, e agora em agosto, esta proporção cai para 64,4%.
O nível de ocupação subiu de 47,9% em julho para 48,2% em agosto. Esse ligeiro aumento nas estimativas chegou a todas as regiões, sendo Nordeste e Norte novamente as que registraram os menores níveis, 39,7% e 45,6%, respectivamente. Desde o início da pesquisa, nestas regiões estão localizadas menos da metade das pessoas em idade de trabalhar ocupadas no mercado de trabalho.