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Burnout na pandemia: o esgotamento dos profissionais de Saúde

A pandemia de Covid-19 provocada pelo coronavírus está deixando os profissionais da Saúde ainda mais exaustos, levando muitos ao esgotamento físico e mental e até à idealização suicida, caracterizando a Síndrome de Burnout

Por INSTITUTO DE NEUROCIÊNCIAS DR. JOÃO QUEVEDO 26/04/2021 - 10:03 Atualizado em 26/04/2021 - 14:34 * Conteúdo de responsabilidade do anunciante
Foto: Divulgação
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Mais de 16 mil profissionais da Saúde (enfermeiros, médicos, fisioterapeutas, odontólogos e farmacêuticos, dentre outros) participaram de uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre as condições de vida e trabalho dessas pessoas durante a pandemia de coronavírus no Brasil. Os números revelam sinais de sobrecarga e de esgotamento físico e mental, além de sentimentos de desvalorização.

De acordo com o psiquiatra do Instituto de Neurociências Dr. João Quevedo (InJQ) de Criciúma, Gustavo Feier (CRM-SC 14.317 e RQE 18.994), os resultados da pesquisa revelam sintomas fortes da Síndrome de Burnout. “Esse é o nome dado a um conjunto de características que apontam para o esgotamento físico e mental de uma pessoa quando relacionado diretamente às atividades de trabalho”, explica o médico.

Ele acrescenta que o Burnout já vinha sendo uma realidade no Brasil antes da pandemia, em diversos segmentos, mas que agora se intensifica dentre os profissionais da Saúde que estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus. Isso acontece inclusive na região de Criciúma e do extremo sul catarinense, onde o InJQ vem atendendo à crescente demanda de pacientes nessas condições, seja de outros profissionais da Saúde ou da população em geral, cujos sintomas de Burnout se intensificaram desde o início da pandemia.


Resultados da pesquisa

Segundo a Fiocruz, aproximadamente 22% dos entrevistados declararam estarem esgotados, quase 16% passaram a ter o sono perturbado, mais de 13% mencionaram irritabilidade e choro frequente, e 1 em cada 10 disseram estar estressados, com incapacidade de relaxar. Também foram citadas a dificuldade de concentração, tristeza diante da profissão, pensamentos negativos e de suicídio.

Os profissionais também não se sentem respeitados e protegidos, e declararam desapoio e desvalorização por parte das instituições e da população, violência e descriminação dentro do ambiente de trabalho e na vizinhança. Manifestaram também medo pela falta de estrutura e equipamentos adequados para o enfrentamento da situação atual, junto à insensibilidade dos gestores para suprir necessidades.


Antes da pandemia

A situação dos profissionais da Saúde já não era ideal antes da atual pandemia. Eles já tinham mais que o dobro da porcentagem de diagnóstico de algum transtorno mental em comparação ao restante da população brasileira, por exemplo.

Agora, as horas extenuantes de trabalho e a necessidade de distanciamento social dificultam a prevenção e o tratamento de transtornos mentais. Por isso, insistir em hábitos e alimentação saudável como for possível, buscar assuntos fora do expediente e principalmente ter ajuda profissional é imprescindível neste momento.


Fake news pioram o Burnout

Aproximadamente 90% dos profissionais viram a disseminação de notícias falsas (fake news) como obstáculo no combate à Covid-19, sendo que 3 em cada 4 atenderam pacientes que acreditavam nelas.

Dr. Feier ressalta a importância de não divulgar falsas notícias, de buscar fontes confiáveis para se informar e enfrentar as medidas de contenção ao vírus. “Essas práticas atenuariam muito o caos da pandemia e os números excruciantes sobre a saúde dessas pessoas”, conclui o psiquiatra.


Instituto de Neurociências Dr. João Quevedo (unidade Criciúma) - Diretora Técnica Médica: Kelen Cancellier Cechinel Recco - Psiquiatra (CRM-SC 13.394 e RQE 10.277).

Colaboração: Maria Eduarda Mendes Botelho
 

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