A governadora Daniela Reinehr se reuniu nesta quinta-feira, 8, com representantes da multinacional norueguesa Golar Power para dar andamento ao processo de instalação do Terminal Gás Sul (TGS) em Santa Catarina. Também participaram da webconferência o presidente da SCGás, Willian Lehmkuhl; a secretária executiva de Assuntos Internacionais (SAI), Daniella Abreu; o presidente da Fiesc, Mario Aguiar, e equipe da Secretaria do Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE).
“Vamos demandar todos os esforços necessários para que consigamos fazer essa entrega o mais rápido possível, pois sabemos da importância econômica para o Estado”, destacou a governadora, ao ressaltar a relevância da chegada do gás natural para inúmeras regiões catarinenses, a exemplo do Oeste.
Em dezembro de 2020, o Governo do Estado assinou Declaração de Utilidade Pública (DUP) para implantação do terminal da Golar Power na Baía de Babitonga, em São Francisco do Sul. Agora, a empresa – dedicada ao desenvolvimento de projetos integrados de terminais de regaseificação de gás natural liquefeito e geração de energia – aguarda liberação da Licença Ambiental de Instalação (LAI), última etapa do processo de licenciamento para obter a autorização de construção junto à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
“Nós continuamos trabalhando para que possamos, em breve, entregar a licença ambiental de instalação para o projeto do terminal que vai viabilizar o aumento de distribuição de gás no Estado”, reforçou a secretária executiva de Assuntos Internacionais, Daniella Abreu.
O CEO da Brasil da New Fortress Energy (detentora da Golar), Andrew Dete, disse que a companhia está empolgada com o projeto e que a Golar dispõe de recursos técnicos e financeiros prontos para serem executados assim que a licença for emitida pelo Estado.
Benefícios para o Estado
Considerada obra essencial de infraestrutura destinada aos serviços públicos do setor, o TGS vai beneficiar toda a população com o incremento de cerca de 50% na oferta de gás natural para a região Sul. Atualmente, a única fonte de fornecimento para o Estado se concentra no gasoduto Bolívia-Brasil que, segundo a SCGás, já atingiu o limite de sua capacidade. “Esse empreendimento é essencial para atrair novos supridores para o Estado, possibilitando a abertura do mercado de gás natural. Assim, será possível desenvolver ainda mais a economia catarinense”, afirmou o presidente da SCGás, Willian Lehmkuhl.
Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, destacou que este é um empreendimento extremamente necessário para o Estado, que atualmente tem uma demanda reprimida. “A instalação deste terminal permitirá que Santa Catarina passe a vender o insumo para os outros estados”, acrescentou.
De acordo com o diretor executivo da Golar Power no Brasil, Victor Santos Raposo, o terminal trará diversos benefícios, como conectar os mercados brasileiro e global de gás; prover tarifa de transportes menores, e permitir a ampliação da capacidade de transporte do trecho Sul do Gasbol. “O projeto tem o investimento direto na ordem de R$ 500 milhões e terá cerca de R$ 320 milhões por ano de arrecadação para o Estado, e mais dois mil empregos durante a sua operação”, afirma.
Histórico
A SCPar deu entrada no processo de licenciamento deste novo terminal de gás em 2019. Desde então, todos os órgãos necessários têm se empenhado em conjunto para, com rigor, avaliar os impactos e benefícios e permitir a realização deste investimento de uma forma sustentável.
A SCGás acompanhou todas as etapas deste processo, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico trabalhou nas aprovações de licenças e a Secretaria Executiva de Assuntos Internacionais auxiliou a articulação com a SDE, Instituto de Meio Ambiente de SC (IMA) e Procuradoria Geral do Estado (PGE/SC) na finalização da concessão da DUP.