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Calouros, morangos, cestas... dia agitado nos semáforos

Da Maria Luiza, uma das novas acadêmicas de Medicina, aos vendedores de frutas e balas, oportunidade para lembrar o que a lei prevê

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 04/03/2020 - 17:07 Atualizado em 04/03/2020 - 17:08
Maria Luiza, uma das calouras que hoje foi aos semáforos pedir ajuda / Fotos: Denis Luciano / 4oito
Maria Luiza, uma das calouras que hoje foi aos semáforos pedir ajuda / Fotos: Denis Luciano / 4oito

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A tarde desta quarta-feira foi das mais movimentadas nos semáforos da área central de Criciúma. Era difícil algum deles onde não houvesse alguma abordagem aos motoristas barrados pelo sinal vermelho. Seja a vendedora de cestos - com aparência indígena - na esquina da Marechal Deodoro com a Avenida Centenário, ou o homem dos moranguinhos no mesmo ponto, em outro momento, ou ainda o menino das balas na Rui Barbosa. Ou então os calouros, naquela típica ação dos aprovados em vestibulares que começam a fazer a caixinha com a ajuda de compadecidos condutores para a jornada acadêmica.

"A nossa equipe de abordagem tem a prerrogativa de abordar quem está pedindo e os malabaristas", informa o secretário de Assistência Social, Paulo César Bitencourt. "São duas leis que existem no município com esse foco, a lei dos artistas de rua, pela qual os artistas precisam estar com colete, daí está legalizado, e quem está pedindo, pois pedir também é pedágio, e pedágio só com entidades autorizadas", explica.

E a caloura?

A caloura citada antes é a Maria Luiza, que está com algumas colegas que cursarão Medicina na Unesc. Ela pedia ajuda, toda pintada, algo típico dos trotes de bem gosto que ainda perduram. "Quero ser cirurgiã cardiovascular", contou à reportagem, antes de colocar mais R$ 5 de ajuda na caixinha. Nada impede a bem humorada e descontraída iniciativa dos estudantes.

Os vendedores

O secretário concorda que tem muita gente vendendo de tudo nas ruas. "Tem muita gente vendendo, toalhinha a R$ 10, tem os que fazem que vendem um papel de santinho e acabam pedindo, tem os vendedores de frutas. A nossa equipe da área social não pode retirar essas pessoas, pois esses casos cabem à fiscalização de tributos da prefeitura", observa. Somente hoje a Secretaria de Assistência Social fez diversas abordagens, mas com foco no social mesmo. "E os pedintes e os usuários de drogas a gente retira, e eles voltam logo", destaca.

Um dos cestos que estavam sendo vendidos por uma mulher na tarde desta quarta no Centro

Sobre o comércio ambulante, há uma nova lei em vigor em Criciúma. "É a lei dos ambulantes, que determina 40 locais para o trabalho deles, determina quem vai fiscalizar, tem uma comissão formada para isso. A Fundação Cultural é quem libera, a Secretaria da Fazenda fiscaliza. "Isso vale para vendedores de morangos, de balas, itens que constumeiramente vendem, agora tem uma lei para eles", detalha. "Tem gente séria ali, que tem aquilo como um modo de sobrevivência, então a lei é focada neles, para eles estarem regulares", assinala o secretário.

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