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Caminho contra o isolamento, Zoom sofre falhas de segurança

Plataforma digital foi recentemente invadida e apresentou imagens nazistas durante reunião

Por Vitor Netto Criciúma - SC, 07/04/2020 - 19:15
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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Com o isolamento social e a quantidade de reuniões de vídeoschamadas realizadas via internet cresceu exponencialmente. Nas últimas semanas o aplicativo Zoom foi uma das principais ferramentas utilizadas, contudo um sinal de alerta apareceu na segunda-feira, 6, já que o aplicativo apresentou falhas de segurança e privacidade. A mais recente foi em uma vídeochamada de entrevista coletiva com imunologistas brasileiros, que após ser invadida começou a mostrar imagens nazistas. Após esse episódio e para prevenir e manter a seguridade das ações, a Anvisa proibiu a utilização da ferramenta entre seus funcinonários. 

Conforme a Folha de São Paulo, a reunião foi organizada pela SBI Imuno e pela Agência Bori e servia para tirar dúvidas de jornalistas sobre a Covid-19. Conforme os participantes relataram à Folha, aproximadamente 60 pessoas participaram da reunião, que após 50 minutos de atividade começou mostrar imagens de Hitler e apresentar interferência de vozes. 

Em entrevista à Folha, a gestora de comunicação da SBI, Adruaba Cohen, não é possível saber se o aplicativo foi hackeado. "Não se tratava de uma live pública e ela foi feita dentro de um plano comercial adquirido. Ou seja, não era gratuita e, teoricamente, deveríamos estar protegidos deste tipo de ataque", afirma. 

Conforme a analista de redes sociais, Ale Koga, o aplicativo é de fácil utilização e prático, contudo apresenta falhas. "Parece que ele tem falhas graves de segurança e privacidade, isso veio à tona quando a Anvisa proibiu que os funcionários utilizassem para assuntos relacionados ao órgão por conta do vazamento de informações. O dono do Zoom já se pronunciou falando que eles estão trabalhando e pedindo desculpas formalmente sobre o caso, prometendo soluções mas o aplicativo nos computadores e celulares ainda está sujeito a esse tipo de vazamento, como deixar a câmera do computador", explica. 

Para Ale, o aplicativo não estava preparado para tantas pessoas utilizando o aplicativo, por isso apareceram algumas falhas.  "A recomendação é usar os concorrentes e outros aplicativos que forneçam mais seguranças. Claro que tem  aquele pessoal que fala que não tem problema, mas envolve a segurança de dados das pessoas que estão envolvidas na reunião, então se não tem como mudar do Zoom, toma todas as precauções e verificação e se possível depois de usar, desinstala o aplicativo tanto do celular quanto do computador", comenta. 

Outras invasões

O problema já ocorreu em outras vídeoschamadas pelo mundo e ganhou o nome de zoombombing.  O jornal estadunidense, The Washington Post informou em uma reportagem que os vídeos privados podem ter sido salvos na nuvem em servidores do software, não necessitando a senha para o acesso. Além disso, o jornal The New York Times aponta que poderia também haver uma falha em um recurso de mineração de dados do Zoom. 

"Houve também casos de lives invadidas recentemente, onde o pessoal estava em uma reunião e apareceu fotos do Hitler com saudações nazistas e esses casos foi chamado de zoombombing", comenta Ale. 

A FBI (Federal Bureau of Investigation ou Departamento Federal de Investigação) de Boston, nos Estados Unidos emitiu um aviso sobre o uso do aplicativao, orientando aos usuários que não tornem públicas as suas reuniões e que também não compartilhem abertadmente os links das vídeos chamadas. 

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