O Campeonato Catarinense, assim como os demais campeonatos estaduais do Brasil, podem retornar ainda no mês de maio. A informação vem do CEO da SC Clubes, Cláudio Gomes. Tanto o Catarinense quanto os demais estaduais estão suspensos há mais de três semanas e, antes mesmo do decreto, algumas partidas já vinham sendo realizadas com os portões fechados.
“Temos uma expectativa de retorno dos treinamentos para o dia 20 de abril. Além disso, uma expectativa mais otimista ainda de que a competição retorne no dia 9 de maio, com ou sem público. São algumas projeções, mas tudo ainda no campo das incertezas”, comentou Cláudio.
O CEO da SC Clubes destaca que o cancelamento do Campeonato Catarinense é uma possibilidade ainda muito remota, sendo realizada em uma última instância de soluções. A volta da competição em maio seria o ideal. Em junho, ficaria com um calendário apertado, mas ainda ocorreria. O problema aconteceria se a competição pudesse retornar somente do mês de julho para frente.
“Se voltar em julho daí existe uma reflexão muito grande por parte dos clubes, porque eles não vão querer alterar o calendário de disputa do Campeonato Brasileiro. Para encerrar as competições nacionais são necessárias 61 datas: seis dos estaduais, 11 da Copa do Brasil, 38 do Campeonato Brasileiro e seis da Libertadores”, pontuou.
Prejuízos para os clubes
Completamente parados e sem a possibilidade de disputa de jogos à público, os clubes estão aos poucos zerando os caixas. “Os direitos televisivos e as bilheterias não estão acontecendo, os patrocínios já pediram suspensões e a única receita que os clubes tem é a do sócio torcedor, que pedimos encarecidamente que não parem de pagar, se não o clube fica zerado”, comentou Cláudio.
A ajuda disponibilizada pela Federação Brasileira de Futebol (CBF) aos clubes da série A, B e C do Brasileirão foram extremamente importantes, mas ainda não afastaram o perigo de quebra dos times. “Temos compromissos de salários e manutenções, A ajuda da CBF foi muito bem vinda mas não resolve o problema. É importante que tenhamos um planejamento de volta das competições, com grande risco de alguns clubes falirem nesse meio caminho”, concluiu.