O apresentador Adelor Lessa conversou com o advogado dos trabalhadores da Carbonífera Criciúma, Márcio Cechinel, e com o administrador da recuperação judicial da empresa, Maurício Colle.
O primeiro a falar foi Cechinel, que disse que os trabalhadores não acataram a proposta feita ontem em assembleia. "Eles mudaram totalmente a proposta que havia sido formulada em 2018, então todos rejeitaram. O plano era pagar parcelado, mas agora com essa modificação da proposta, não há aceitação", disse Cechinel, complementando que a dívida da empresa ultrapassa os 132 milhões de reais.
Para o admninistrador judicial da carbonífera, Maurício Colle, a falência é a única alternativa e com certeza será deliberada pelo poder judiciário. "Não vejo outra situação a não ser a falência, já que a proposta da recuperação judicial não foi aceita. Então, isso leva de três a quatro anos em média para acontecer todo o trâmite. O patrimônio da empresa é contabilizado para verificarmos qual o verdadeiro passivo da empresa, que com certeza vai aumentar, já que há créditos que não se aplicam quando há recuperação judicial, e isso vai aumentar bastante o valor, com certeza", disse o administrador.
Em 2018, a falência da Carbonífera Criciúma já tinha sido decretada pelo Judiciário, mas a empresa pediu o direito de ter uma recuperação judicial. Na época, o juízo aceitou através do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, mas, agora, a decretação parece inevitável.
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