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Por ali já passaram João Carlos, Jajá, Edinan, Eduardo Melo... Uma das funções que permanecem sem ter um titular absoluto no Tigre é a do nove. Alguns têm característica mais de área, mas Cavalo tem optado constantemente por jogadores de mais mobilidade. Nos últimos jogos, quem atuou no setor foi o meia Léo Ceará, numa espécie de falso 9. O vácuo na função é tamanho que até o lateral direito Carlos César chegou a ser testado na função durante um treinamento. De olho no time, mas também no mercado, Roberto Cavalo disse, em coletiva após o empate sem gols contra o Figueirense, que o jogador para assumir a função pode chegar nesta semana.
"A carência do nove é muito grande, todo mundo quer esse jogador. Essa semana, pelo que conversamos com diretoria e comissão, podem chegar algumas novidades", disse Cavalo. O diretor executivo de futebol, Evandro Guimarães, disse à reportagem que a avaliação do elenco é feita constantemente e novidades podem pintar. "Estamos olhando o mercado. Nada adiantado, mas pode acontecer", deixou no ar o dirigente.
De imposição, o técnico tem opções mais inexperientes para o setor: Eduardo Melo, Edinan e Luquinha, que ganhou chances no ano passado, mas sumiu dos radares nesta temporada. Quem mais recebeu chances dos três foi Eduardo: entrou em campo em quatro oportunidades. "O Eduardo é um guri da base, muito voluntarioso, mas que não tem história de ser artilheiro ainda. Acho que tem futuro, mas é o que tem no momento para fazer uma diferença", disse Cavalo.
Taylon, que chegou com o cartaz de artilheiro no futebol de Malta, recebeu poucas oportunidades e quando esteve em campo não convenceu. Entrou em campo em três oportunidades e não balançou as redes.
Assim, Cavalo vai alternando jogadores na função. Daniel Cruz, que atua preferencialmente pelo lado direito de campo - função que exerceu no Brasil de Pelotas no ano passado - vem sendo um dos pedidos de parte da crônica para assumir o comando do ataque. O técnico respondeu sobre essa possibilidade na coletiva.
"Tentamos o Daniel de nove em treino, mas ele mesmo fala que tem o perfil de jogar de lado, de força. Ele precisa fazer gol para pegar mais confiança, é um jogador interessante, lutador e que quer vencer na vida, mas está tendo dificuldades que não é de hoje. O histórico dele tem esse detalhe de não fazer gol. Se colocar ele de nove e ele não fazer, desaba o mundo na nossa cabeça", aponta Cavalo.
Na partida contra o Brusque, Léo Ceará iniciou centralizado, mas no decorrer da primeira etapa trocou com Daniel Cruz. Foi com o ponteiro centralizado que surgiu o gol de falta de Carlos César: Daniel recebeu a bola de costas para a marcação, fez a proteção e sofreu a infração.
Somados, os atacantes do Tigre fizeram quatro gols no ano: dois de Andrew, um de Jajá e outro de João Carlos - os três preferem atuar pelos lados do campo. Cavalo falou sobre o desempenho de João Carlos, que vem ganhando oportunidades mas ainda apresenta oscilações dentro de campo
"O João tem futebol, nós vimos o treinamento e é sempre muito bem. Tem velocidade, define jogada, tem drible. É um garoto que tem futuro e talvez em Joinville ele renda melhor. Talvez entre naquela questão de sentir a camisa", disse o técnico.
Um dos nomes ventilados no mercado foi o do centroavante Michel, do São Luiz - RS. O atacante é o artilheiro do Gauchão, algo que já alcançou em duas temporadas, com quatro gols marcados. Segundo Evandro Guimarães, Michel continua no radar do Tigre.
