O vereador Toninho da Imbralit (MDB) fez uma contundente crítica à Celesc na sessão desta segunda-feira, 18, na Câmara de Criciúma. "O absurdo que chegamos quase em 2020, a Celesc não se preocupar com o avanço econômico da cidade. Nós agora vamos procurar a direção da Celesc para discutir o assunto e ver se, em conjunto, alcançamos isso", disse o parlamentar, ao referir o caso da empresa Imbralit que, segundo ele, investiu R$ 30 milhões em ampliação da sua planta industrial e precisará aplicar mais R$ 10 milhões para erguer uma subestação de energia para dar conta dos equipamentos novos que adquiriu.
Em resposta, a gerente regional da Celesc, Bárbara Citadin, assegurou, em entrevista ao programa Ponto Final da Rádio Som Maior, que não há problemas de energia para fornecimento a empresas, investidores e consumidores. "A Celesc foi procurada em 2017, quando dado o primeiro parecer a respeito. A negativa que nós fornecemos para eles é totalmente baseada em questões técnicas e de regulamentação. Nós nos baseamos na resolução 814, onde precisamos tratar todos os consumidores de forma isonômica. Não significa que a Celesc não tenha energia, mas sim que a quantidade de energia que eles necessitam, eles precisam se enquadrar em uma categoria diferente de atendimento, e para essa categoria a empresa precisa fazer a parte estrutural", sublinhou.
Bárbara reiterou que não houve, ao contrário do que afirmou o vereador, demora na resposta à empresa a partir da consulta sobre o aumento da demanda de energia para expansão da Imbralit. "Na verdade, na época, em 2017, a Celesc já havia se manifestado, e agora recentemente foi retomado esse assunto. Tão logo eles se manifestaram novamente a Celesc ratificou o parecer baseado no novo estudo emitido em 2017. Não houve esse delay de atendimento de resposta, foi respondido na época e ratificado agora", disse.
A gerente assegurou que a Celesc tem capacidade técnica para fornecer mais energia a quem se interessar, mas que é necessário um enquadramento burocrático. "Sim, a gente tem demanda para atendimento. É que a característica desse consumidor, daqui em diante, exige que ele se enquadre em modalidade diferente, não na modalidade em que eles são atendidos atualmente. Se a demanda que a empresa nova solicitar for a mesma demanda que a Imbralit solicita, por regulação ele precisa ser atendido na mesma modalidade. Se vier uma empresa com demanda em que a regulação determine que nós atendamos na mesma característica da Imbralit, temos sim capacidade para atender", explicou. "É uma questão de resolução, de regulamentação. Gostaria de deixar claro que todas essas explicações técnicas foram repassadas para o corpo técnico da empresa", concluiu.
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