Celesc preparada para o verão

O consumo de energia elétrica costuma aumentar durante o verão, estação que começou oficialmente nesta sexta-feira, precisamente às 20h22. Ao longo do ano a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc) realizou investimentos para que o sistema não sofresse durante os períodos de calor. Além das cidades, onde é comum ligar o ventilador ou o ar condicionado, nas praias o consumo aumenta, já que a população se multiplica nesta época do ano.

“A gente está preparado para suportar essa carga, o sistema está bem. Foram feitos investimentos durante o ano, principalmente com a colocação de novos alimentadores nas praias, também colocamos novas linhas de transmissão. Esses investimentos são feitos com o intuito de tornar a rede mais resistente e segura”, afirma o gerente técnico da Celesc, Jânio Canela.

Parte dos investimentos na rede foi dedicado as praias. No Balneário Rincão, por exemplo, o número de moradores salta de pouco mais de 12 mil para até 150 mil nos fins de semana. “São locais que aumentam até 200% a sua população, assim também cresce o consumo de energia elétrica. A rede elétrica dessas praias está preparada para isso, fizemos o reforço de alimentadores de energia no Balneário Arroio do Silva e no Balneário Gaivota, que são os cabos principais que levam desde a subestação”, destaca Canela.

Horário de verão não influi

O horário de verão veio para reduzir o consumo de energia no país. Porém, na região Sul Catarinense essa economia não é sentida. “Tem picos de energia, mas está tranquilo. Aqui na região pega muito as indústrias, o horário com maior consumo é entre 14h e 15h. A noite tem a iluminação pública, mas, fecha o comércio e a indústria. Na segunda-feira o consumo foi bem grande, chegou a dar 38ºC”, disse.

Embora a rede elétrica tenha sido reforçada e não apresente problemas técnicos, a natureza é vilã em algumas situações, como aconteceu duas vezes ao longo da semana. “São descargas da atmosfera, ventos e vegetação próxima da rede. Às vezes não podemos cortar matos ou árvores que estão próximos dos fios. A própria rede elétrica sofre e afeta o sistema, os cabos de transmissão possuem temperaturas elevadas e quando chove acabam prejudicados, podendo resultar em problemas”, explicou o gerente técnico.